A senadora Damares Alves, do Republicanos-DF, se pronunciou nesta segunda-feira (11/8) sobre um vídeo polêmico do youtuber Felca, no qual ele acusa o influenciador Hytalo Santos de sexualizar crianças e adolescentes em suas postagens nas redes sociais. Damares, conhecida por sua defesa das pautas contra o abuso infantil e a “adultização” de jovens, afirma que “há muito o que ser investigado sobre esse mercado macabro”.
A denúncia e a posição da senadora
Em sua conta no X (ex-Twitter), Damares declarou: “Esses influenciadores precisam pagar por esses crimes. Esse Hytalo foi denunciado por mim ainda em dezembro do ano passado e espero que agora, com a repercussão do vídeo do Felca, providências sejam efetivamente tomadas para frear tantas violações de direitos humanos.”
A senadora brasiliense enfatiza a importância de ações conjuntas para coibir práticas abusivas que afetam a infância e a adolescência. O termo “adultização” se refere à maneira como os jovens podem adotar comportamentos típicos de adultos, muitas vezes influenciados por conteúdo impróprio nas redes sociais.
Repercussão da denúncia de Felca
Felca, que possui cerca de 13 milhões de seguidores nas redes sociais, publicou um vídeo na última quarta-feira (6/8) denunciando Hytalo Santos, não apenas por sexualizar crianças e adolescentes, mas também por criar conteúdos voltados para homens pedófilos. Ele se refere ao material de Hytalo como “nefasto” e o descreve como um “circo macabro” em busca de engajamento.
Neste contexto, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, também do Republicanos, elogiou o vídeo de Felca e declarou que pautará um projeto para “enfrentar essa discussão”. A crescente mobilização social e política em torno desse tema reflete a urgência de ações concretas para proteger crianças e adolescentes.
O caso Hytalo Santos
Hytalo Santos está sendo investigado pelo Ministério Público da Paraíba, devido a suspeitas de exploração de menores. A investigação começou após uma denúncia anônima ao MP, que está conduzindo um inquérito desde dezembro do ano passado. A promotora Ana Maria França, encarregada do caso, foca em apurar se Hytalo está explorando adolescentes que convivem com ele.
O influenciador se autodenomina “pai” de várias jovens, muitas das quais estão em situações de vulnerabilidade. Uma das figures mais polêmicas nesse caso é Kamyla Maria Silva, conhecida como Kamylinha, que esteve sob os cuidados de Hytalo e recentemente anunciou uma gravidez que seria iminente com o irmão do influenciador, Hyago Santos. Contudo, em 23 de maio, Hytalo comunicou que ela havia sofrido um aborto espontâneo, aumentando a controvérsia em torno da situação.
A responsabilidade das redes sociais
A discussão sobre a responsabilidade de influenciadores e a manipulação de jovens nas redes sociais é cada vez mais relevante, especialmente à luz de casos como o de Hytalo Santos. Damares Alves e outros políticos estão pressionando por ações que tornem as plataformas mais seguras e que impeçam a exploração de menores.
A crescente preocupação com a exposição e a sexualização prematura de crianças e adolescentes revela a necessidade de uma resposta abrangente que envolva não só a legislação, mas também a conscientização da sociedade. O papel das redes sociais, como mídias que influenciam comportamentos e percepções, é fundamental nesse debate.
Próximos passos na legislação
Com o aumento da pressão pública e das denúncias sobre a exploração de menores, espera-se que um movimento legislativo mais robusto aconteça no Congresso Nacional. A intenção é implementar uma legislação que aborde a adultização e a sexualização de crianças, protegendo seus direitos e promovendo uma infância saudável e segura.
O caso Hytalo Santos e as reações que ele provocou, como a posição da senadora Damares Alves, demonstram que há um clamor por mudanças e um comprometimento em enfrentar esses desafios de forma sistemática e eficaz.
