Brasil, 11 de agosto de 2025
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Brasil e EUA enfrentam desafios diante do tariffaco e negociações diplomáticas

Brasil tenta negociar medidas de apoio enquanto EUA aplicam tarifa de 50% sobre exportações brasileiras

Após o aumento de tarifas pelos Estados Unidos, o governo brasileiro intensificou esforços diplomáticos para evitar impactos na economia nacional. As negociações, que começaram em 21 de julho, foram interrompidas recentemente, dificultando a obtenção de apoio internacional.

Impacto do tarifaço e perspectivas de apoio

Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o diálogo com representantes dos EUA, como o secretário do Tesouro, foi iniciado após o anúncio de uma tarifa adicional de 40%, elevando a sobretaxa total para 50%. A medida afetou quase 700 produtos brasileiras, incluindo itens como carne, café e frutas, representando 35,9% das exportações ao país norte-americano.

Em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, o ministro Fernando Haddad explicou que, entre as ações consideradas, estão linhas de crédito emergenciais, compras governamentais de produtos e programas de proteção ao emprego para setores atingidos. “Estamos buscando alternativas para minimizar os efeitos do tarifão,” afirmou Haddad.

Negociações diplomáticas e obstáculos recentes

As tratativas para um encontro entre representantes do Brasil e dos EUA começaram em 21 de julho, mas foram interrompidas na última semana. Haddad destacou que a justificativa oficial foi a “falta de agenda”, o que ele classificou como “inusitado”. “Isso não se relaciona à Fazenda, e, na nossa avaliação, a questão comercial não está em foco para o governo norte-americano,” afirmou.

Ele também criticou a influência de atores ligados à Casa Branca na suspensão do diálogo, incluindo assessores próximos ao deputado federal Eduardo Bolsonaro. Haddad afirmou que, sem ações concretas, será difícil avançar nas negociações e pediu atenção do Congresso Nacional para fortalecer a posição do Brasil.

Questões comerciais e a diversificação de parceiros

Além da crise diplomática, Haddad reforçou que o Brasil mantém diálogos com outros países, como Rússia, Índia e México, além de pretender conversar com a China, considerada um parceiro “internacional”. “Os BRICS continuam importantes, mas não podemos depender exclusivamente dessa parceria. É fundamental diversificar as relações comerciais,” destacou.

O governo americano adotou a sobretaxa na última quarta-feira, quando passou a vigorar uma tarifa adicional de 40%, somando-se aos 10% já existentes desde abril. Técnicos do governo brasileiro estão finalizando os cálculos das medidas de resposta, que devem ser anunciadas no início desta semana.

Impactos econômicos e estratégias de enfrentamento

O aumento das tarifas impacta uma grande parcela das exportações brasileiras ao EUA, que incluem alimentos perecíveis e produtos agrícolas. Em resposta, o governo brasileiro avalia implementar programas de compra de produtos destinados à exportação, especialmente de alimentos frescos como pescados, frutas e mel, para sustentar o setor.

Analistas apontam que, caso medidas emergenciais não sejam adotadas, a dificuldade de manter o comércio com os EUA pode impactar seriamente a economia brasileira, reforçando a importância de ações diplomáticas e econômicas coordenadas.

Para mais detalhes sobre o impacto das tarifas e as negociações em andamento, acesse a matéria completa.

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