A equipe brasileira de ginástica rítmica, que teve uma participação decepcionante nas Olimpíadas de Paris-2024, agora volta suas atenções para o Campeonato Mundial que ocorrerá em casa, no Rio de Janeiro. Após um ciclo de treinos e competições que demonstraram um potencial significativo, a equipe acredita que pode conquistar um pódio inédito, algo que parece mais possível do que nunca.
O fracasso em Paris e o foco no futuro
Durante as Olimpíadas de Paris, a equipe brasileira de ginástica rítmica chegou com grandes esperanças, incluindo uma medalha de ouro no Pan-Americano de Santiago-2023 e boas classificações no Mundial anterior. No entanto, a equipe teve uma performance frustrante, terminando em nono lugar, o que a impediu de se qualificar para as finais. O revés se agravou pela lesão da ginasta Victória Borges, que sofreu uma contratura muscular na panturrilha durante o aquecimento e teve que realizar sua apresentação de forma comprometida.
Após essa eliminação, a equipe decidiu virar a página e se preparar para o próximo acontecimento importante no calendário esportivo: o Campeonato Mundial de ginástica rítmica, que ocorrerá entre 20 e 24 de agosto na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico, um evento histórico por ser o primeiro Mundial realizado no Hemisfério Sul. Este será um momento de grande significância para as atletas e para a comissão técnica.
Preparativos para o Campeonato Mundial
A equipe que representará o Brasil será composta por Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Maria Paula Caminha, Mariana Gonçalves e Ana Luiza Franceschi. Para suas performances, elas escolheram uma série que inclui a famosa canção “Evidências”, que promete emocionar a plateia e criar uma atmosfera vibrante. Além disso, desenvolveram uma série mista com letras que celebram a cultura brasileira.
Com um conjunto que já conquistou três medalhas de ouro na Copa do Mundo de Portimão e se destacou no Pan-Americano, as expectativas são altas. As atletas estão focadas e motivadas, refletindo sobre a importância de reunir os sentimentos da torcida em seu apoio.
Recuperação e resiliência do grupo
A técnica do conjunto, Camila Ferezin, compartilha que o grupo se recuperou bem após os desafios enfrentados em Paris. Em uma entrevista, ela afirmou que, após a Olimpíada, as atletas tiveram um mês para descansar e refletir sobre suas experiências. A equipe de psicólogos também foi integrada ao processo de recuperação, ajudando as ginastas a se concentrarem nas conquistas futuras. “Esse Mundial em casa é o ânimo, a nossa motivação. Não dá mais para olhar para trás, já foi”, disse Ferezin, destacando a resiliência das jovens atletas.
Com a inclusão de Victória Borges, recentemente recuperada e pronta para contribuir com a equipe, a confiança do grupo aumentou. “Ela está presente no dia a dia e ajuda as meninas conforme pode, como se fosse uma assistente”, comentou Camila. Essa disponibilidade trouxe um espírito de equipe ainda mais forte entre as atletas.
Um espetáculo de brasilidade e emoção
O Campeonato Mundial no Rio é esperado com grande ansiedade. Para as atletas, a competição em casa traz um novo desafio, mas também a oportunidade de apresentar seus talentos diante dos seus compatriotas, algo que elas veem como um significativo motivador. Elas reconhecem a pressão, mas estão determinadas a usar a energia da torcida a seu favor.
“Pela primeira vez a gente está indo para o Mundial em condições de ganhar uma medalha,” comentou uma das atletas. Essa afirmação resume a confiança que permeia o grupo. Para elas, o mais importante agora é a preparação e o foco em apresentar suas séries de forma perfeita, e, com isso, dar orgulho ao Brasil.
Expectativas e finalização do treino
Com a mesma coreografia que se destacou nas etapas anteriores da Copa do Mundo, a equipe está confiante para as apresentações. O foco na execução correta dos movimentos e o controle emocional são aspectos cruciais a serem trabalhados durante os dias que antecedem o evento. Camila Ferezin afirma que o time agora está mais preparado do que estava para Paris, mencionando o crescimento e o amadurecimento adquiridos ao longo do percurso.
O Mundial de Ginástica Rítmica promete ser um marco na história do esporte nacional e uma chance de realizar o sonho que paira sobre a equipe desde os primeiros treinos. Com fé, determinação e a torcida a seu lado, o Brasil almeja não apenas a participação, mas a conquista de uma medalha que será lembrada por muitos anos.