Nesta segunda-feira (11), a Azul confirmou o encerramento das operações em 14 cidades brasileiras, como parte de sua estratégia de reorganização. A decisão ocorre em um momento de ajustes na estrutura da empresa, que está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos.
Fim de rotas e reestruturação da Azul
Desde julho, a Azul vem racionalizando suas rotas operadas, levando em consideração fatores como aumento nos custos de operação, impacto da crise na cadeia de suprimentos e a alta do dólar, além da necessidade de otimizar sua frota. Segundo a companhia, esses ajustes visam a uma melhor sustentação financeira.
As cidades que perderão voos da Azul incluem Crateús, São Benedito, Sobral e Iguatú (CE); Campos (RJ); Correia Pinto e Jaguaruna (SC); Mossoró (RN); São Raimundo Nonato e Parnaíba (PI); Rio Verde (GO); Barreirinhas (MA); Três Lagoas (MS); e Ponta Grossa (PR). A Airbus reforça que a operação será concentrada nos aeroportos de Viracopos, em Campinas, Confins, em Belo Horizonte, e Recife, considerados hubs estratégicos, com redução de rotas de conexão.
Recuperação judicial e planos de investimentos
A Azul está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos desde 28 de maio deste ano. A companhia firmou acordos de reorganização financeira com parceiros estratégicos, incluindo as aéreas norte-americanas United e American Airlines, buscando captar US$ 950 milhões em investimentos.
Segundo a Azul, a reestruturação inclui negociações com credores e arrendadores de aeronaves, além de outros parceiros estratégicos. A empresa garantiu que suas operações e vendas continuam normalmente, e que bilhetes, benefícios do programa Azul Fidelidade e pontos adquiridos serão mantidos durante o processo.
Perspectivas futuras e impacto na operação
Com a concentração de voos em poucos hubs, a Azul busca sustentar sua recuperação financeira e ampliar a eficiência operacional. Os ajustes refletem o atual cenário econômico do setor aéreo, marcado por desafios globais na cadeia de suprimentos e nas condições de mercado.
Especialistas avaliam que a estratégia de focar em principais aeroportos deve contribuir para a retomada mais sólida da companhia, com perspectivas de recuperação financeira mais robustas nos próximos meses.
Para mais detalhes, acesse a nota oficial da Azul.