Brasil, 11 de agosto de 2025
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Austrália reconhece oficialmente o Estado da Palestina na ONU

Com apoio internacional crescente, Austrália anuncia planos de reconhecimento do Estado da Palestina na próxima Assembleia Geral da ONU.

Austrália informou nesta segunda-feira (dia 26) que pretende reconhecer oficialmente o Estado da Palestina na próxima Assembleia Geral da ONU em setembro. O primeiro-ministro Anthony Albanese afirmou que a decisão faz parte de um esforço para promover uma solução de dois Estados, no contexto do conflito em Gaza, que já dura quase dois anos.

Reconhecimento e contexto diplomático

Albanese destacou que conversou com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na semana passada, ressaltando a necessidade de uma solução política, e não militar, para o conflito. A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, afirmou que o país buscava contribuir para o impulso internacional rumo a uma trégua e à libertação de reféns.

“A Austrália vai reconhecer o Estado da Palestina na 80ª sessão da Assembleia Geral da ONU, contribuindo para o movimento internacional a favor de uma solução de dois Estados e do cessar-fogo em Gaza”, declarou Albanese em nota oficial. Ele criticou ainda as ações de Netanyahu, que, segundo o primeiro-ministro australiano, ameaçam a possibilidade de uma solução pacífica ao expandir assentamentos ilegais e ameaçar anexações.

Reconhecimento e situação internacional

Atualmente, cerca de 150 dos 193 Estados-membros da ONU reconhecem a Palestina como Estado, principalmente na Ásia, África e América do Sul. Porém, poucos países ocidentais têm esse reconhecimento formal, embora haja uma tendência de mudança, com países como França, Reino Unido, Canadá, Malta e Nova Zelândia indicando intenção de reconhecer oficialmente o Estado palestino.

Em julho, França, Reino Unido, Canadá e Malta manifestaram seu apoio ao reconhecimento em fases futuras na ONU, enquanto Portugal também declarou que avalia essa possibilidade. Outros países, como Armênia, Eslovênia, Irlanda, Espanha e Noruega, já reconheceram anteriormente a Palestina em 2024.

Implicações e posicionamentos internacionais

Embora o reconhecimento formal seja considerado simbólico por muitos analistas, ele tem contribuído para uma maior pressão sobre Israel. países ocidentais vêm adotando posições mais críticas, como a suspensão de exportações de armas e votos favoráveis à restrição de vendas de armamentos a Israel, refletindo uma mudança no apoio ao status da Palestina como Estado.

Especialistas destacam que a consolidação do reconhecimento internacional reforça a demanda por uma solução negociada, na qual a Palestina possa existir em coexistência pacífica ao lado de Israel, numa perspectiva de paz duradoura na região.

Próximos passos e expectativas

A expectativa é que o reconhecimento formal da Palestina por países como Austrália possa influenciar o clima diplomático na região e pressionar Israel a reconsiderar suas ações militares. O momento também coincide com uma intensificação dos combates em Gaza, onde organizações humanitárias alertam para uma crise humanitária grave.

O futuro da questão palestina e a possibilidade de uma resolução pacífica continuam a ser temas centrais na agenda internacional nas próximas semanas, com o processo de reconhecimento ganhando atenção como movimento de pressão por uma solução duradoura.

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