Nos últimos tempos, a presença de navios de pesquisa chineses no Ártico dos Estados Unidos tem sido notoriamente mais frequente. Segundo informações divulgadas pela Guarda Costeira dos EUA, essa tendência tem gerado preocupações, levando a instituição a intensificar seu monitoramento e as operações na região polar, que é estratégica e rica em recursos naturais.
A presença crescente de navios de pesquisa
Recentemente, a Guarda Costeira detectou e respondeu a duas embarcações de pesquisa chinesas que estavam operando nas águas do Ártico americano. Além disso, cinco outros navios semelhantes estão sendo monitorados na região polar, de acordo com a agência, que faz parte do Departamento de Segurança Interna dos EUA.
Na semana passada, um avião C-130J Hercules, da estação da Guarda Costeira em Kodiak, no Alasca, identificou dois desses navios, chamados Ji Di e Zhong Shan Da Xue Ji Di, enquanto seguiam em direção nordeste pelo mar de Bering. O navio Zhong Shan Da Xue Ji Di, operado pela Universidade Sun Yat-Sen e registrado sob bandeira liberiana, foi abordado novamente pela equipe do cortador Waesche um dia depois, enquanto navegava no mar de Chukchi, acima do Círculo Ártico.
U.S. Coast Guard
Operações anteriores no Ártico
Essas ocorrências com os navios de pesquisa chineses ocorreram após a Guarda Costeira ter despachado um C-130J Hercules para responder à presença de outro navio de pesquisa da China, o Xue Long 2, em julho. Este navio, operado pelo Instituto de Pesquisa Polar da China, foi detectado a cerca de 290 milhas náuticas ao norte de Utqiagvik, no Alasca. A Guarda Costeira enfatizou a importância de acompanhar de perto a presença dessas embarcações na região.
A Guarda Costeira acrescentou que a presença crescente desses navios chineses é consistente com uma tendência de três anos de aumento na atividade de embarcações de pesquisa no Ártico dos EUA. No ano passado, três navios de pesquisa chineses realizaram operações de pesquisa ao norte do Estreito de Bering.
Implicações da atividade chinesa
A crescente presença de embarcações de pesquisa da China no Ártico levanta questões sobre o que esses navios realmente estão investigando na região. Especialistas alertam que a China está buscando expandir sua influência e presença em áreas que são consideradas de alta importância geopolítica e econômica. Com as mudanças climáticas, o derretimento do gelo no Ártico está abrindo novas rotas marítimas e possibilitando o acesso a recursos naturais, o que torna a região ainda mais atrativa para nações com interesses estratégicos.
A Guarda Costeira dos EUA está ciente do aumento da vigilância e reforçará suas operações para garantir a segurança e a soberania da nação nesta área polêmica. As equipes estão em alerta máximo, respondendo prontamente a qualquer atividade que possam considerar preocupante ou que ameace as normas internacionais de navegação e pesquisa.
Portanto, à medida que a presença de navios de pesquisa chineses aumenta no Ártico, a Guarda Costeira dos EUA procura fortalecer sua posição, respondendo com mais frequência e eficácia para assegurar que as águas do Ártico permaneçam em conformidade com as leis marítimas internacionais e o respeito à soberania de nações que delimitam essa região estratégica.
O aumento das atividades de pesquisa da China no Ártico não só representa um desafio para a Guarda Costeira dos EUA, mas também levanta questões cruciais sobre o futuro econômico e ambiental da região, enquanto os países tentam equilibrar seus interesses em um mundo em constante mudança.