Brasil, 10 de agosto de 2025
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Rugal da Serrinha: líder do TCP é preso e gera tensão no Morro do Fubá

Conheça Igor Gomes Matheus, o Rugal da Serrinha, e suas conexões com o tráfico e milícias no Rio de Janeiro.

No mundo do crime, poucos nomes ganham notoriedade como Igor Gomes Matheus, conhecido como Rugal da Serrinha. Ele se destacou como um dos principais “homens de guerra” do Terceiro Comando Puro (TCP), um dos grupos de tráfico mais influentes do Rio de Janeiro. Recentemente, sua prisão gerou repercussões significativas na comunidade do Morro do Fubá e nas rivalidades entre facções.

Quem é Rugal da Serrinha?

Igor Gomes Matheus, mais conhecido por seu apelido que remete a um vilão da famosa franquia de videogames “The King of Fighters”, se tornou uma figura central nas disputas territoriais do tráfico de drogas. Enquanto Rugal Bernstein, personagem dos jogos, é apresentado como um ser ganancioso e sedento por poder, a versão real de Igor também se destaca por sua crueldade e liderança em ações violentas. As semelhanças não param por aí: assim como o personagem fictício, Rugal da Serrinha fez de sua vida uma busca incessante por controle e dominância, especialmente na zona norte do Rio de Janeiro.

A ascensão no mundo do crime

De acordo com informações obtidas pelo g1, Rugal foi destacado para o Morro do Fubá em outubro do ano passado, sob ordens de líderes conhecidos do TCP, como William Yenes da Silva Rios, o Coelhão, e Wallace Brito Trindade, o Lacoste. Com essa nova posição, Igor não só ampliou sua influência no tráfico, mas também firmou alianças incomuns com milicianos, estabelecendo um novo padrão de controle sobre a comunidade.

Seus métodos eram eficazes: moradores começaram a ser obrigados a pagar taxas mensais de R$ 40 por segurança e R$ 50 para acesso à água, um serviço que antes era considerado um direito básico. Essa parceria entre traficantes e milicianos, tradicionalmente adversários, se deu como uma estratégia para blindar o território contra as investidas do Comando Vermelho, rival do TCP que busca reaver áreas importantes na Zona Norte.

Tensão e violência no Morro do Fubá

A união temporária entre TCP e milicianos, apesar de gerar uma breve estabilidade, trouxe à comunidade uma escalada de violência e medo. Segundo relatos de testemunhas, tiroteios se tornaram comuns, e aqueles considerados suspeitos de colaborar com a polícia ou com o Comando Vermelho foram ameaçados e expulsos de suas casas. A vida cotidiana dos moradores foi impactada, com a sensação constante de insegurança e a presença prevalente da violência.

A prisão de Rugal e suas implicações

Na última sexta-feira, 1º de agosto, a rotina da comunidade mudou novamente com a prisão de Rugal na Avenida João Ribeiro, durante uma fuga em alta velocidade em um táxi. O Batalhão de Choque (BPChq) foi responsável pela detenção do traficante, que estava em uma posição estratégica de comando, propiciando um colapso no esquema que ele havia construído até então. A prisão de Igor Gomes Matheus não só impacta a dinâmica do tráfico no Morro do Fubá como também eleva preocupações sobre possíveis represálias e um aumento da violência na área.

O futuro do Morro do Fubá

A detenção de Rugal da Serrinha abre um novo capítulo nas tensões entre as facções criminosas que atuam no Rio de Janeiro. Apesar da prisão, a insegurança e a influência do tráfico podem continuar a assolar a comunidade. Especialistas em segurança pública alertam que a luta pelo controle territorial está longe de acabar, e que outros líderes podem surgir para preencher o vazio deixado por Rugal.

Os próximos dias serão cruciais para entender como a comunidade reagirá a essa reviravolta e se haverá uma mudança na relação entre traficantes, milicianos e a população local. A trajetória de Igor Gomes Matheus é um lembrete da complexidade e do contexto das lutas travadas nas comunidades do Rio de Janeiro, onde a linha entre crime e sobrevivência é frequentemente borrada.

Para mais informações sobre este assunto e outros acontecimentos, continue acompanhando nossa cobertura.

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