Brasil, 10 de agosto de 2025
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Polícia britânica prende 365 pessoas em protesto pró-Palestina

Manifestantes desafiaram a proibição de apoio ao grupo Palestina Action em Londres, levando a diversas prisões e críticas ao governo.

A polícia britânica prendeu 365 pessoas no centro de Londres, durante um protesto em apoio ao grupo Palestina Action, que foi recentemente banido. Os manifestantes descumpriram a lei em uma tentativa de pressionar o governo a reconsiderar a proibição. A situação repercutiu intensamente, gerando debates sobre liberdade de expressão e as consequências legais das manifestações.

Motivos do protesto e da proibição

No início de julho, o Parlamento britânico aprovou uma lei que proíbe o apoio ao Palestina Action, categoricamente afirmando que a organização promove atividades terroristas. A decisão foi desencadeada após os membros do grupo invadirem uma base da Força Aérea Real e danificarem aeronaves, como forma de protesto contra o apoio militar da Grã-Bretanha a Israel durante o conflito com o Hamas na faixa de Gaza.

Ativistas do grupo alegam que a legislação é uma violação da liberdade de expressão. Eles ressaltam que a proibição vai além de uma simples questão de segurança, tendo como objetivo silenciar vozes críticas em um tempo de crescente agitação ao redor do conflito israelo-palestino.

Desafios às autoridades

No último sábado, mais de 500 manifestantes se reuniram em frente ao Parlamento, provocando a polícia com cartazes que diziam: “Eu me opõe ao genocídio. Apoio o Palestina Action.” Muitas das prisões realizadas foram vistas como um fracasso das autoridades em lidar com uma situação complexa e que gerou simpatia entre uma parte significativa da população.

A organização que conduziu o protesto, conhecida como Defend Our Juries, argumentou que o número de prisões não reflete a gravidade das acusações. “A polícia conseguiu prender apenas uma fração dos que supostamente cometiam ‘ofensas de terrorismo’ e a maioria recebeu fiança e foi liberada,” disseram eles em um comunicado.

A resposta da Polícia Metropolitana foi rápida, afirmando que muitos dos presentes eram apenas espectadores e que as prisões eram pertinentes e necessárias.

Controvérsias em torno da definição de terrorismo

A proibição do Palestina Action gerou polêmica não apenas entre os manifestantes, mas também entre especialistas em direitos humanos e advogados. Eles argumentam que a definição de “terrorismo” está sendo utilizada de forma abrangente e opressora, incluindo ações que não envolvem violência, mas visam causar constrangimento econômico ou social. Os apoiadores defendem que essa ampliação da definição resulta em uma erosão dos direitos democráticos.

Fronteiras de um conflito maior

A série de protestos ocorrendo no Reino Unido se insere em um contexto mais amplo de tensões relacionadas à guerra em Gaza e questionamentos sobre a política de imigração. Enquanto o Primeiro-Ministro Keir Starmer planeja reconhecer um Estado palestino, muitos críticos sentem que as ações do governo não vão longe o suficiente para aliviar a situação no terreno.

Enquanto isso, outras manifestações contra a violência no conflito também estão programadas, incluindo marchas pedindo a libertação dos reféns israelenses mantidos no Gaza, um assunto que continua a mobilizar a opinião pública de maneira intensa.

Preparativos da polícia para uma agenda carregada

Com o aumento das mobilizações, a polícia britânica se preparou para um fim de semana de protestos intensos, prevendo que isso poderia colocar pressão sobre os meios e recursos policiais. O Comissário Adjunto Ade Adelekan enfatizou que, “essa vai ser uma época particularmente movimentada em Londres, com muitas manifestações simultâneas que demandarão uma presença policial significativa.”

O foco em protestos violentos e suas consequências legais torna-se cada vez mais relevante, não apenas para os manifestantes, mas também para os legisladores que buscam encontrar um equilíbrio entre segurança e direitos civis.

Com os eventos e tensões ainda em evolução, as implicações dessas manifestações e do governo britânico continuarão a gerar análise e debate tanto em nível nacional quanto internacional.

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