Em sua mensagem no domingo (10), o Papa Leo XIV convidou os católicos a refletirem sobre como investem o “tesouro” de suas vidas, incentivando a compartilhar não apenas bens materiais, mas também habilidades, tempo e compaixão pelo bem comum. A fala ocorreu durante o Angelus no Vaticano, onde o pontífice enfatizou que a verdadeira realização espiritual vem da generosidade e do amor.
Reflexões sobre o Evangelho de Lucas e a importância da doação
Baseando-se na leitura de Lucas 12:32-48, o Papa destacou que “vender possessões e dar esmolas” vai além de doações financeiras, abrangendo a oferta de presença, afeto e talentos às pessoas mais necessitadas. “Tudo no plano de Deus que torna cada um de nós uma dádiva única deve ser cultivado e investido para crescer. Caso contrário, esses dons secam e perdem valor,” afirmou.
Leo XIV reforçou ainda a citação de Santo Agostinho: “O que você dá certamente será transformado… não em ouro ou prata, mas na vida eterna que se oferece a você.” A mensagem reforça a ideia de que atos de misericórdia e caridade são, segundo o Papa, o banco mais seguro e rentável onde os fiéis podem depositar seus bens espirituais.
Misericórdia como caminho de transformação espiritual
Inspirando-se em São João Paulo II, Leo XIV destacou que ações de misericórdia promovem mudanças profundas na alma. Citando a passagem da viúva pobre de Marcos, o Papa afirmou que as obras de misericórdia representam “o banco mais seguro e proveitoso” para quem deseja investir na própria salvação.
Vigilância diária e exemplos de Maria
O Pontífice chamou a atenção para a necessidade de atenção constante na vida cotidiana — em casa, na paróquia, na escola ou no trabalho — incentivando todos a desenvolverem o hábito de estar atentos e sensíveis ao próximo. Ele também invocou Maria, a Estrela do Amanhã, como guia para a missão de misericórdia e paz da Igreja, especialmente em um mundo “marcado por muitas divisões”.
“Ser vigilantes é amar de modo generoso e atento. Somente assim podemos promover uma sociedade mais solidária e fraterna”, concluiu o Papa Leo XIV, ressaltando a importância de cultivar a misericórdia na rotina diária dos fiéis.