Laverne Cox revelou em entrevista sua experiência de quatro anos de relacionamento com um policial de Nova York que vota na linha MAGA, o movimento pró-Trump, gerando uma discussão acalorada nas redes sociais. A atriz, conhecida por sua militância contra a administração Trump e pelos direitos trans, explicou que, apesar das diferenças políticas, conseguiu manter o relacionamento com empatia e amor.
Política e amor: dificuldades e desafios
Cox, que anteriormente criticou duramente o governo Trump e chegou a pensar em se mudar do país após a reeleição dele, afirmou que não compartilhava as mesmas opiniões políticas do ex-namorado. “Nós tentamos navegar nossas diferenças politicamente, sempre com respeito, mas ele vota na linha MAGA e eu sou uma ativista contra esse movimento”, contou Cox durante uma apresentação no City Winery em Nova York. A atriz ainda brincou, chamando o ex de “hot” e prometendo contar mais detalhes na sua próxima turnê.
Reações e críticas nas redes sociais
Após a revelação, vários seguidores manifestaram-se com críticas, acusando-a de traição à comunidade LGBTQ+. Para responder às polêmicas, Cox publicou um vídeo no Instagram na qual destacou que o relacionamento foi pautado por respeito e compreensão, mesmo com diferenças profundas em relação às suas convicções políticas. “Fascismo não se encaixa nos meus valores. Sempre desafiei meu ex com amor e fatos, tentando construir pontes, não muros”, afirmou.
Ela também explicou que, na época do relacionamento, não conhecia detalhadamente as posições políticas do parceiro e que, mesmo votando em candidatos diferentes, buscava manter o diálogo aberto. “Ele me afirmou que votava em Trump, mas não de forma profundamente envolvida”, detalhou.
Implicações pessoais e políticas
Atualmente, Laverne Cox se identifica como independente e votou em Bernie Sanders em 2020. Ela destacou ainda que nunca votaria em Trump e que sua prioridade é lutar contra a desumanização de pessoas com diferentes opiniões. “Eu não acho que meu ex me desumanizou, mas o movimento MAGA é profundamente anti-trans e desrespeitoso com nossa comunidade”, afirmou.
Para a atriz, sua trajetória mostra que é possível amar alguém com visões distintas, desde que haja respeito e empatia. “Não é uma traição ao meu povo, mas uma tentativa de entender o outro. Ainda assim, as linhas precisam ser reforçadas na luta atual contra o autoritarismo e o fascismo”, completou Cox.
Próximos passos e reflexão
Cox explicou que sua revelação faz parte do roteiro do espetáculo “Gurrl How Did I Get Here?”, que estreia na próxima semana em Nova York. Ela acredita que a experiência pode abrir diálogo sobre polarizações e diferenças na sociedade atual. O vídeo completo, com quase 55 minutos de conversa, está disponível em seu Instagram e promete gerar novas reflexões sobre amor, política e preconceito.