Brasil, 11 de agosto de 2025
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Duralex: o prato resistente que virou objeto de colecionador

Peças vintage de Duralex, símbolo de resistência e nostalgia, atingem valores superiores ao preço original, conquistando colecionadores no Brasil

Desde a sua introdução no Brasil na década de 1950, o prato Duralex conquistou espaço nas cozinhas do país devido à sua resistência e design funcional. Com a fabricação nacional iniciada nos anos 1980, a louça de vidro temperado se consolidou como ícone doméstico, alimentando histórias familiares e o mercado de antiguidades.

O nascimento de um ícone de resistência e história

A história do Duralex começa na França, em 1945, com a invenção do vidro temperado pela Saint-Gobain. O nome, inspirado na expressão latina Dura lex, sed lex — “a lei é dura, mas é a lei” —, reflete a durabilidade do produto. No Brasil, os primeiros exemplares chegaram na década de 1950 por importação, antes de a produção nacional começar na década de 1980, graças à Santa Marina.

O prato âmbar, cor que se tornou símbolo da marca, passou a popularizar-se em restaurantes, refeitórios e lares de classe média, graças à sua resistência a quedas, ao calor e ao uso diário. Além da praticidade, o Duralex carregava um valor afetivo, ligado às lembranças de refeições de domingo e momentos familiares.

Da popularidade à valorização colecionística

Depois de deixar de ser produzido em sua cor clássica em 2012, o Duralex virou item de colecionador. Peças em bom estado ou com embalagem original podem alcançar valores que variam de R$ 120 a mais de R$ 500, dependendo da raridade e do estado de conservação. Feiras de antiguidades e lojas especializadas veem uma procura crescente por modelos antigos, especialmente os em cor âmbar, hoje praticamente desaparecidos no mercado.

O que aconteceu com a Duralex no Brasil e no mundo?

A trajetória da Duralex no Brasil se intensificou nos anos 1980, após a produção local pela Santa Marina, que consolidou a marca como símbolo de resistência, durabilidade e preço acessível. Na década de 1990, a marca empregava cerca de 1.500 funcionários e produzia mais de 130 milhões de peças anuais, distribuídas mundialmente, tornando-se sinônimo de praticidade em milhões de lares brasileiros.

A mudança veio em 2011, quando a Santa Marina foi adquirida pela Nadir Figueiredo. Na sequência, a produção do clássico em âmbar foi descontinuada em 2012, com foco nas cores azul e transparente, refletindo a nova fase da marca, mais alinhada ao mercado brasileiro.

Já na França, a história de desafios da própria fabricante refletiu-se na crise enfrentada desde os anos 2000, com dificuldades financeiras e duas recuperações judiciais. Em 2021, a francesa Duralex foi vendida à International Cookware (dona da Pyrex), que transformou sua fábrica em cooperativa para manter a produção e preservar empregos.

Legado e atualidade

Apesar das mudanças estruturais e da crise, o legado do prato Duralex permanece vivo, especialmente entre colecionadores e nostálgicos. O reconhecimento da marca e suas peças antigas reforçam a relação emocional de consumidores que valorizam o produto além do simples uso cotidiano, transformando-o em símbolo de resistência, história e memória afetiva.

O mercado de antiguidades no Brasil, impulsionado pelo crescente interesse por objetos vintage, demonstra que o Duralex ainda tem espaço de destaque no coração de muitas gerações, conquistando novas valorizações e reforçando a durabilidade de uma peça que sobrevive ao tempo.

Para saber mais, acesse a matéria completa no site IG Economia.

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