Um estudo realizado pelo 6º Observatório de Carreiras e Mercado, divulgado pelo PUCPR Carreiras, identificou que 50% das demissões em 2024 ocorreram devido a questões comportamentais. A pesquisa contou com a participação de 3.631 estudantes, 3.655 ex-alunos e 583 empresas do setor de recrutamento humano, e aponta para uma significativa valorização de habilidades socioemocionais no mercado de trabalho.
A importância do equilíbrio entre habilidades técnicas e comportamentais
De acordo com Luciana Mariano, coordenadora do PUCPR Carreiras, o mercado valoriza cada vez mais profissionais que combinam competência técnica com boas habilidades sociais. “O sucesso está na união entre saber fazer as tarefas e saber conviver com as pessoas”, afirma ela.
A especialista ressalta que atitudes negativas podem comprometer equipes inteiras, gerando conflitos, queda na produtividade e a perda de talentos. Para ela, o autoconhecimento é fundamental nesse processo de desenvolvimento profissional.
“Mais do que dominar ferramentas ou processos, é preciso desenvolver inteligência emocional, empatia, respeito e responsabilidade nas relações, além de se autoavaliar sempre, se questionando sobre sua postura no ambiente de trabalho”, avalia Luciana Mariano.
Habilidades valorizadas e mudança de prioridades
O estudo também apontou as habilidades mais requisitadas em 2023, como comunicação oral (11,46%), planejamento (10,73%), solução de problemas (10,18%), gestão de conflitos (7,51%) e comunicação escrita (7,42%).
Em comparação com 2021, período em que as consequências da pandemia ainda influenciavam o mercado, houve uma mudança nas prioridades. Agora, a solução de problemas ocupa o topo da lista, com 12,58% das indicações, refletindo a necessidade de adaptação a novas realidades.
Investimento contínuo em aprendizado e adaptação
Dados do levantamento mostram que 76% dos respondentes estão investindo na aquisição de novos conhecimentos, evidenciando uma postura proativa para evitar a estagnação e manter a empregabilidade. Além disso, 16,32% das empresas entrevistadas priorizam candidatos que demonstram interesse em se atualizar.
Luciana Mariano destaca que a velocidade das transformações no mercado exige que os profissionais estejam em constante evolução. “Atualizar conhecimentos e desenvolver novas competências é uma necessidade. Quem mantém o aprendizado contínuo consegue se adaptar às mudanças, identificar oportunidades e colaborar de forma mais efetiva”, afirma.
Perspectivas para o futuro do mercado de trabalho
A adaptabilidade e o desenvolvimento da inteligência emocional serão cada vez mais essenciais para profissionais que desejam prosperar na dinâmica do mercado. Investir em autoconhecimento e na formação contínua se mostra uma estratégia fundamental para preservar vagas, crescer na carreira e contribuir para a evolução das organizações.
Para saber mais detalhes sobre o estudo, acesse a matéria completa na Agência Brasil.
