Brasil, 12 de agosto de 2025
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Casal homoafetivo adota três irmãos e desafia preconceitos

Jefferson e Adriano, de São José do Rio Preto, celebram a adoção de três irmãos biológicos em meio a desafios sociais.

No último Dia dos Pais, a definição de “família” ganhou um novo e significativo significado para um casal homoafetivo de São José do Rio Preto, São Paulo. Após um longo caminho de sonhos e superações, Jefferson Oliveira, de 55 anos, e Adriano Cetrone, de 49 anos, celebram a adoção de três irmãos biológicos, mostrando que o amor é, de fato, o que constrói laços familiares. O relato de sua jornada inspira a todos na luta contra o preconceito e pela aceitação.

A trajetória de amor e adoção

O casal se conheceu há 24 anos por meio de um amigo em comum. Juntos, construíram uma vida repleta de companheirismo e amor, mesmo sem formalizar a união em cartório. Para Jefferson, o desejo de ter uma família sempre foi sua prioridade. “Nós já morávamos juntos e sempre sonhamos em adotar,” conta. Após passar por todos os trâmites legais e entrar na fila de adoção, em 2016, eles receberam a emocionante notícia de que poderiam adotar Kaio, Wellington e Sophia.

“Quando as crianças chegaram, tudo mudou. O foco das nossas vidas passou a ser elas,” recorda Jefferson, destacando como a chegada dos filhos trouxe novas motivações e desafios. A adaptação foi rápida, mas não sem obstáculos, especialmente em uma sociedade que, muitas vezes, ainda resiste a aceitar diferentes formatos familiares.

Convivendo com o preconceito

Os desafios surgiram, principalmente, nas interações sociais. Kaio, o filho mais velho, enfrentou uma situação particularmente difícil em sua escola evangélica. Um pastor da instituição declarou publicamente que “família é pai, mãe e filho, o restante é pecado”. Essa e outras intervenções revelam o preconceito ainda presente na sociedade, que frequentemente marginaliza famílias não tradicionais.

A força da nova geração

Com o tempo, Kaio, Wellington e Sophia aprenderam a lidar com as ofensas. Kaio afirmou que, embora muitos se surpreendam ao descobrir que ele possui dois pais, isso não diminui o amor que sente por eles. “Eu amo meus pais e agradeço por tudo o que fizeram por mim,” enfatiza. Para o jovem, o afeto supera qualquer preconceito.

Adriano observa que as reações das pessoas em público podem ser diversas. “O estranhamento é mais comum entre adultos do que entre crianças,” diz, refletindo sobre como as gerações mais jovens tendem a ser mais abertas e acolhedoras. A luta do casal é, portanto, não apenas pela aceitação de sua família, mas pela construção de um mundo onde o amor seja celebrado, independentemente da configuração familiar.

Reflexões sobre paternidade e aceitação

Jefferson e Adriano reconhecem que, apesar das barreiras, houve um progresso na aceitação social. “A sociedade está aprendendo a semear o amor, além de laços sanguíneos ou heranças genéticas,” declara Adriano. Ambos afirmam que, se tivessem que passar por tudo novamente, não mudariam nada em sua história, pois cada desafio tornou a família mais forte.

A paternidade, para eles, é um sonho realizado, não importa a forma que isso assumiu. “Deus nos colocou esse desafio da forma que veio. O importante é que temos um objetivo comum: educar nossos filhos com amor e respeito,” conclui Jefferson, reafirmando seu compromisso com a felicidade e o bem-estar da família.

À medida que eventos como o Dia dos Pais são celebrados, histórias como a de Jefferson e Adriano lembram a todos que a verdadeira essência da família vai além de definições tradicionais; é feita de amor, respeito e superação. A luta contra o preconceito continua, mas o amor que une esta família é uma poderosa força que desafia as normas sociais.

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