A rodovia Presidente Dutra, um dos principais eixos de transporte do Brasil, se prepara para a continuidade de uma operação inédita: a passagem da maior carreta já vista na história da via. Com impressionantes 136 metros de comprimento e 845 toneladas, a carreta transporta um transformador gigante que tem como destino final o porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro. A movimentação será retomada nesta segunda-feira (11) em São José dos Campos, após uma pausa no final de semana.
Detalhes da operação
A operação começou no dia 21 de julho, em Guarulhos, onde a carga foi inicialmente preparada para o transporte. Devido ao tamanho colossal da carreta, o deslocamento é feito em um ritmo bem lento, limitando a velocidade máxima a apenas 20 km/h. Até agora, a carreta já percorreu 24 quilômetros, gastando cerca de três horas para isso. Com as adaptações necessárias para viabilizar a passagem, a espera na rodovia e os problemas logísticos acabaram atrasando o cronograma.
Após a parada no fim de semana, a expectativa é que a carreta complete mais 18 quilômetros na próxima segunda. O planejamento, no entanto, está sujeito a mudanças de acordo com as necessidades operacionais e as condições climáticas, que podem impactar a segurança do transporte. Assim, a concessionária CCR RioSP e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão prontas para agir rapidamente, caso sejam necessárias alterações.
Características da carreta gigante
O transformador que está sendo transportado pesa 350 toneladas e suas dimensões são impressionantes: 11 metros de comprimento, 5 metros de altura e 4,5 metros de largura. Contudo, o conjunto, que transporta essa carga, possui dimensões ainda maiores, as quais podem ser visualizadas nos seguintes aspectos:
- Peso total: 845 toneladas
- Extensão: 136 metros
- Largura: 6 metros
- Número de eixos: 59
- Número de pneus: 398
- Velocidade máxima: 20 km/h
- Pedágio estimado: cerca de R$ 3 mil
Impactos no trânsito
O deslocamento da carreta não ocorre sem desafios. Por ocupar praticamente toda a pista da Dutra, a passagem causa congestionamentos significativos. Em uma das travessias, o pico de lentidão registrado alcançou 11 quilômetros. Para minimizar os impactos no fluxo de tráfego, a carreta precisa fazer paradas estratégicas durante seu percurso.
Nesta última movimentação, a carreta deu uma pausa às margens do km 169 antes de avançar até o km 154, em São José dos Campos, onde aguardou até a retomada das operações. De acordo com a PRF, foram mais de 50 profissionais envolvidos no planejamento, incluindo equipes da CCR RioSP, transportadoras, e agências reguladoras, que estão focadas em tornar a operação a menos impactante possível para os usuários da rodovia.
Considerações de segurança
A segurança é um aspecto crucial durante a operação. Por isso, a movimentação do transformador pode ser adiada em situações de condições meteorológicas adversas, como neblina intensa. A prioridade é garantir a segurança não apenas do transporte, mas também dos motoristas que trafegam pela rodovia.
Esta operação representa um marco na logística de grandes cargas no Brasil, demonstrando o potencial do país em movimentar equipamentos de grande porte, que são essenciais para infraestrutura e desenvolvimento. O resultado dessa atividade será não apenas uma entrega segura de um equipamento essencial, mas também uma experiência rica em aprendizados para futuras operações desse tipo.
À medida que a carreta retoma sua trilha nesta segunda-feira, cidadãos e motoristas na região devem se preparar para eventuais interrupções no tráfego, enquanto a gigante continua sua jornada rumo à Arábia Saudita.