Brasil, 10 de agosto de 2025
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Bispos indonésios pedem proteção às comunidades de fé após ataques

Bispos da Indonésia apelam ao governo por segurança e respeito à liberdade religiosa, após recentes ataques a locais de culto.

A recente onda de ataques a locais de culto na Indonésia despertou a preocupação da Conferência Episcopal do país, que emitiu um apelo urgente ao governo central. Os bispos denunciam a violência e intimidação contra as atividades religiosas, ressaltando a necessidade de medidas firmes para proteger a liberdade de culto garantida pela Constituição indonésia.

A defesa da liberdade religiosa na Indonésia

No documento divulgado, os bispos enfatizam que “toda e qualquer forma de intimidação, violência ou restrição unilateral de atividades religiosas constitui uma violação da lei e uma destruição dos valores fundamentais da convivência”. Esse clamor é um reflexo do aumento da intolerância religiosa no país, onde diferentes comunidades de fé convivem, mas têm enfrentado desafios significativos nos últimos meses.

Os ataques em questão incluem invasões a escolas cristãs e a destruição de templos, eventos que geraram um clima de insegurança entre as comunidades religiosas. A Conferência Episcopal, em consonância com outras entidades, como o Supremo Conselho da Religião Confucionista (MATAKIN), solicitou ao governo a adoção de medidas rigorosas contra aqueles que praticam atos de violência intolerante. “Ninguém deve ser impune por atos anárquicos, especialmente se forem contra as atividades de oração e culto”, afirmam os religiosos.

A Constituição e os direitos dos cidadãos

Os bispos lembram que a liberdade de religião e culto é um direito constitucional garantido pelos artigos 28 e 29, parágrafo 2, da Constituição de 1945. Portanto, cabe ao Estado intervir com firmeza para assegurar que episódios de violência e discriminação não se repitam. Esta proteção é vital para a manutenção da paz social e da diversidade religiosa no país.

Responsabilidade das autoridades

Além de pedir ação do governo, os bispos destacam a importância de uma resposta contundente por parte das autoridades policiais e judiciais. Essas entidades têm o dever de prevenir e investigar a fundo quaisquer atos de violência ou vandalismo contra locais de culto. A expectativa é que todos os cidadãos possam exercer sua liberdade religiosa sem medo de retaliação ou agressões.

Tolerância e harmonia religiosa

O documento conjunto dos líderes religiosos conclama governantes, tanto federais quanto locais, e o Fórum para a Harmonia Religiosa (FKUB) a se comprometerem com a promoção da tolerância e proteção dos locais de culto. “Os líderes religiosos devem incentivar seus seguidores a viver a fé de modo pacífico e harmonioso, evitando provocações”, ressaltam os signatários.

A ideia é que, neste cenário de crescente tensão, todos os grupos religiosos se unam em prol da coexistência pacífica, evitando divisão e conflitos desnecessários. A convivência respeitosa entre as diferentes credos não só é um principio jurídico, mas um elo fundamental para o fortalecimento da sociedade indonésia.

Um apelo à sociedade civil

O apelo dos bispos é mais do que uma demanda por medidas eficazes; é um convite à sociedade civil e a cada cidadão para que se una na luta contra a intolerância. A construção de um ambiente de paz, segurança e dignidade depende do comprometimento de todos os segmentos da sociedade. A educação para a tolerância e o respeito deve ser uma prioridade comum, estando todos ligados a um mesmo cimento: a cidadania.

Em um momento em que a intolerância e a violência parecem estar à espreita, a mensagem da Conferência Episcopal da Indonésia serve como um lembrete poderoso da necessidade de proteger a diversidade religiosa, uma característica fundamental da identidade indonésia. Sem dúvida, o país enfrenta um desafio, mas com união, é possível superar esses obstáculos em defesa da liberdade e da paz.

Para mais detalhes sobre o apelo e suas implicações, você pode acessar a matéria completa no site da Vatican News.

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