O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, irão se reunir em Alasca nesta sexta-feira para discutir um possível cessar-fogo na Ucrânia. Este será o primeiro encontro entre os dois líderes desde 2019 e o primeiro desde 2021 entre um presidente dos EUA e Putin.
Expectativas e polêmicas do encontro
Trump afirmou que a resolução do conflito “poderia acontecer muito em breve” e anunciou a cúpula no sábado, após estabelecer um prazo para Putin finalizar um acordo de paz ou enfrentar penalidades financeiras. No entanto, suas declarações sugeriram que a Ucrânia poderia ter que ceder territórios à Rússia, opinião prontamente rejeitada pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
“A resposta à questão territorial da Ucrânia já está na Constituição do país”, declarou Zelensky em vídeo divulgado no Telegram. “Ucranianos não irão doar suas terras ao invasor.”
Contexto e antecedentes
Trump prometeu tentar fechar um acordo de paz na Ucrânia nos primeiros 24 horas de seu segundo mandato presidencial e manifestou frustração com a falta de movimento de Moscou para encerrar o conflito, movendo a data de um cessar-fogo várias vezes.
A reunião de sexta-feira marca uma nova fase diplomática, uma vez que é a primeira vez que dois presidentes em exercício dos EUA e da Rússia se encontram desde a cúpula em Ginebra, com Biden e Putin, em 2021. Além disso, é a primeira visita de Putin aos Estados Unidos em uma década.
Perspectivas e próximos passos
Yury Ushakov, assessor do Kremlin, revelou à CNN que Trump já foi convidado para uma nova reunião na Rússia, indicando possíveis desdobramentos nas negociações. Analistas avaliam que o encontro pode sinalizar uma tentativa de reavivar o diálogo sobre a crise na Ucrânia, mesmo que ainda existam divergências sobre as condições do cessar-fogo.
A expectativa é de que os líderes abordem também questões de segurança e interesses estratégicos de ambos os países, enquanto o mundo acompanha atentos os desdobramentos desse inédito encontro diplomático.