Na noite de quinta-feira (7), um voo da Azul que partiu de São Luís com destino a Campinas precisou ser desviada para o Aeroporto de Brasília devido a uma ameaça de bomba. A situação alarmante gerou tensão entre os cerca de 170 passageiros, que relataram momentos de medo e incerteza enquanto aguardavam a resolução do caso.
Os momentos de tensão e fuga do pânico
Elizabete dos Santos, uma enfermeira de Mogi Mirim (SP), foi uma das passageiras que vivenciaram a tensão a bordo da aeronave. Ela recorda que, inicialmente, não sabia o que estava acontecendo. “Disseram que teriam que fazer uma parada de emergência por algum problema no avião”, disse Elizabete. Porém, logo após o aviso, as luzes foram apagadas e a apreensão aumentou entre os passageiros.
A situação se complicou quando um bilhete, que mencionava explosivos no compartimento de cargas da aeronave, foi encontrado no banheiro. “A gente começou a entender que algo realmente estava acontecendo”, continuou a enfermeira. Os passageiros foram orientados a permanecer sentados e com os cintos afivelados enquanto a situação se desenrolava.
A resposta e as investigações da Polícia Federal
Após o pouso no Aeroporto de Brasília, os passageiros foram deslocados para uma sala reservada e informados sobre a situação do bilhete encontrado. Enquanto aguardavam por esclarecimentos, alguns comentaram sobre detalhes do conteúdo, incluindo uma mensagem escrita com batom vermelho, que indicava que havia uma bomba a bordo.
Imediatamente, a Polícia Federal (PF) foi acionada e iniciou uma varredura na aeronave. Apesar das apreensões, os agentes descartaram a presença de explosivos e liberaram o avião para retornar às operações normais. As investigações, no entanto, continuam para identificar a autoria da ameaça. “Todos passaram por triagens individuais e as bagagens foram revistas”, relatou Elizabete, que ainda se lembrou de como teve que escrever o conteúdo da ameaça em letra de forma para comparação de caligrafias.
Apoio aos passageiros e repercussões do incidente
Após o desvio, a companhia aérea Azul garantiu que os passageiros seriam reacomodados em outros voos e ofereceu suporte, incluindo alimentação. Contudo, o incidente causou transtornos significativos, com alguns passageiros perdendo conexões e outros necessitando de hospedar-se em hotéis devido ao atraso.
“Nunca imaginei passar por isso. Se isso foi uma brincadeira, foi de muito mau gosto. Causou dor para muita gente”, desabafou Elizabete, refletindo sobre o impacto psicológico e logístico da situação.
Medidas de segurança e comunicados oficiais
A Azul se manifestou em nota, enfatizando que o pouso de emergência foi uma medida preventiva em resposta à ameaça de artefato a bordo. A companhia reiterou que a segurança dos passageiros e tripulantes é uma prioridade e que medidas rigorosas são necessárias em situações como essa. Além disso, a Inframerica, responsável pela administração do Aeroporto de Brasília, confirmou que o plano de contingência foi acionado e que as operações do aeroporto não foram afetadas.
A Polícia Federal continuará a investigar o caso para identificar a pessoa responsável pela ameaça. Até o momento, nenhum suspeito foi encontrado, mas todas as informações estão sendo apuradas e acompanhadas de perto pelas autoridades.
Após momentos de tensão, os passageiros finalmente puderam retomar suas viagens, mas a situação serve como um lembrete da constante vigilância necessária em todos os voos comerciais. Não obstante, o susto deixou uma marca nos que vivenciaram a experiência, que agora esperam que incidentes como este sejam cada vez mais raros nos céus do Brasil.
(*Com informações de g1 Campinas e Polícia Federal)