A Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito para investigar a misteriosa morte de Élide Guide, ocorrida há nove anos, em Pontal (SP). A mulher, de 80 anos e amiga da polêmica figura de Elizabete Arrabaça, está no centro de um turbilhão de suspeitas, especialmente após as recentes investigações que envolvem Elizabete em outros crimes, incluindo o assassinato de sua nora, Larissa Rodrigues, e da filha, Nathália Garnica.
O contexto da investigação
Elizabete Arrabaça, 76 anos, tem enfrentado um histórico de acusações graves. Além de ser investigada pela morte de Larissa e Nathália, surgiram novas nuances nas investigações após relatos de que ela teria se beneficiado de empréstimos de dinheiro feitos por Élide. De acordo com o delegado José Carvalho de Araújo Junior, a dívida pode ter sido um possível motivo para o crime. “Há indícios de que Elizabete agiu para se livrar de uma obrigação financeira com Élide,” afirmou o delegado.
A ligação entre as duas mulheres se tornou um ponto crucial na investigação. Élide foi encontrada morta em sua residência em 2016, em condições que levantam a suspeita de um envenenamento, já que não apresentava problemas de saúde antes de sua morte. As circunstâncias têm chamado a atenção das autoridades, principalmente por causa das semelhanças com os outros casos relacionados a Elizabete.
Testemunhos e evidências que envolvem Elizabete
Uma testemunha, que estava presente na casa de Élide logo após sua morte, relatou à polícia que viu Elizabete em busca de um “caderninho de anotações” e dinheiro na cozinha. A testemunha afirma que sentiu a necessidade de ficar no local, observando a movimentação da suspeita. “Ela [testemunha] disse que Elizabete estava agitada, tentando encontrar algo e pediu para que ela se retirasse do local,” detalhou Araújo Junior.
A irmã de Élide também confirmou, em uma conversa extraoficial, que a vítima havia emprestado dinheiro a Elizabete em outras ocasiões e que mantinha um caderno com anotações e valores estimáveis na cozinha.
A autópsia e outros desdobramentos
O médico patologista Dênis Welington Moura Ferreira, que conduziu a autópsia de Élide, observou a presença de um edema pulmonar. De acordo com ele, as características do tecido pulmonar eram consistentes com os efeitos de um envenenamento, o que levanta ainda mais suspeitas sobre as causas da morte. “Os achados machucam em relação à saúde dela. O edema pode ser causado por substâncias tóxicas, como o carbamato, popularmente conhecido como chumbinho,” explicou Ferreira.
Após a análise inicial, a polícia solicitou que fossem feitas pesquisas adicionais em materiais que possam ter sido coletados no Hospital das Clínicas durante a época da morte de Élide, aguardando os resultados para determinar se uma exumação seria necessária.
Implicações da investigação em um contexto mais amplo
Essas novas investigações envolvendo Elizabete Arrabaça não acontecem isoladamente. Ela já é ré em outros casos, incluindo a morte de seu cão e uma tentativa de homicídio contra uma mulher que teve que ser internada na UTI após ingerir um medicamento que Elizabete estava segurando.
Desde sua prisão em 6 de maio, os detalhes sobre sua vida e o possível envolvimento em diversos crimes têm vindo à tona, revelando um padrão que comove e choca a comunidade local. A defesa de Elizabete nega qualquer associação com as mortes e afirma que buscará mais esclarecimentos junto à cliente.
A repercussão nas redes sociais e na comunidade
Os acontecimentos tiveram um grande impacto nas redes sociais e na comunidade de Pontal. Moradores e internautas expressaram indignação e preocupação em relação às investigações, que revelam uma complexa teia de relações pessoais e financeiras que culminaram em tragédias.
À medida que novos detalhes vão surgindo, a comunidade aguarda ansiosamente por respostas que possam trazer justiça e amenizar a dor causada por essas perdas. A Polícia Civil continua sua investigação, com a expectativa de esclarecer os vínculos e motivações por trás desses crimes que abalaram a região.
Os desdobramentos das investigações ainda são acompanhados de perto por jornalistas e pela população, que se mostram atentos a cada nova revelação. O andamento do caso promete movimentar a cena criminal da cidade e reter o interesse da mídia.
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