Na manhã de sábado, a polícia de Londres prendeu pelo menos 365 manifestantes que desobedeceram uma lei antiterror que proíbe expressar apoio ao grupo Palestina Action, considerado organização terrorista pelo governo britânico. Os apoiadores se reuniram em frente ao Parlamento para protestar pela liberdade de expressão.
Protesto e violação da lei antiterror
Os manifestantes seguraram cartazes com frases como “Eu sou contra o genocídio. Apoio Palestina Action”, em um ato que, segundo a polícia, infringiu uma legislação aprovada em julho passado. A lei criminaliza qualquer forma de apoio público à Palestina Action, após o grupo ter invadido uma base militar e vandalizado aeronaves de apoio ao exército britânico.
A legislação foi criada após integrantes do Palestina Action vandalizarem aviões de combate na base aérea da Royal Air Force, manifestando-se contra o apoio do Reino Unido a Israel e contra o conflito em Gaza. A polícia afirmou que a ação foi uma demonstração de desobediência civil por parte dos apoiadores.
Repressão e consequências legais
De acordo com o Serviço de Polícia Metropolitana, a manifestação infringiu a lei de terrorismo, que prevê detenção de até 14 anos para quem apoiar grupos proibidos. “Muitos manifestantes exibiam cartazes de apoio ao Palestina Action, que está sob proibição”, disse a Polícia pelo perfil no X (antigo Twitter). Posteriormente, a polícia confirmou a prisão de 365 pessoas por apoio a uma organização proscrita.
Contexto e repercussões
Defendendo a repressão, as autoridades alegaram que o ato constituía uma ameaça à segurança nacional e ao ordenamento jurídico. A organização responsável pelo protesto, chamada Defend Our Juries, convocou os apoiadores a protestarem com sinais de solidariedade ao Palestina Action, em um ato de desobediência civil.
Analistas afirmam que as ações refletem a crescente polarização no Reino Unido em relação ao conflito no Oriente Médio e à liberdade de expressão. Especialistas também destacam o peso da legislação antiterror na repressão a manifestações públicas de apoio a grupos considerados ilegais pelo Estado.