Brasil, 10 de agosto de 2025
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Polêmica entre Brasil e EUA: Gleisi Hoffmann responde a ofensa de subsecretário

A ministra Gleisi Hoffmann critica declaração de Christopher Landau, subsecretário dos EUA, sobre a situação política no Brasil.

No último sábado, 9 de agosto, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, manifestou-se em relação a uma declaração feita pelo subsecretário de Estado dos EUA, Christopher Landau. A ministra considerou a publicação nas redes sociais uma “gravíssima ofensa ao Brasil”, em meio a um contexto de tensões políticas entre os dois países.

Reação de Gleisi Hoffmann

Durante sua declaração, Hoffmann ressaltou que as palavras de Landau foram desrespeitosas não apenas para o Brasil, mas também para o Supremo Tribunal Federal (STF). O subsecretário havia afirmado que “um único ministro do STF usurpou o poder” ao ameaçar líderes do Legislativo e Executivo. Respondendo a isso, Gleisi apontou que a verdadeira usurpação de poder ocorreu durante o governo de Jair Bolsonaro, e que as ações da família Bolsonaro têm contribuído para a degradação das relações históricas entre os Estados Unidos e o Brasil.

“A postagem arrogante do subsecretário de Estado dos EUA é uma gravíssima ofensa ao Brasil, ao STF e à verdade. Quem tentou usurpar o poder em nosso país foi Jair Bolsonaro”, disse Gleisi em seu perfil nas redes sociais. A ministra fez ainda uma defesa contundente do STF, afirmando que “nenhum poder constitucional brasileiro encontra-se impotente”. Segundo ela, as instituições brasileiras, incluindo o Executivo, Legislativo e Judiciário, têm se unido para rechaçar as tentativas de golpe e chantagens que têm sido perpetradas.

Ameaças a Alexandre Moraes

Gleisi também mencionou as sanções faladas contra o ministro do STF, Alexandre Moraes, que está em foco devido à Lei Magnitsky, que pode resultar em bloqueio de bens e contas nos EUA, além de restrições à entrada em território norte-americano. A declaração de Hoffmann se insere em uma sequência de críticas ao ministro, que tem se tornado uma figura controversa na política brasileira, especialmente após as tensões relacionadas ao governo Bolsonaro.

Christopher Landau e suas declarações

Christopher Landau, por sua vez, expressou em sua publicação que gostaria de retomar a amizade com o Brasil, mas se sentiu em um “beco sem saída”. Em sua visão, a separação dos poderes no Brasil compromete a liberdade, e ele criticou a atuação de um único ministro do STF, sugerindo que esse comportamento estaria afetando negativamente as relações entre os dois países. Landau destacou que a configuração atual é “sem precedentes e anômala”.

O subsecretário também observou que a relação histórica entre Brasil e Estados Unidos está sendo danificada pela situação política interna no Brasil. Ele afirmou que é mais fácil negociar com líderes dos Executivos e Legislativos, mas que a atuação de um juiz que busca silenciar indivíduos e empresas é uma situação complexa e, segundo ele, prévia ao conceito do Estado de Direito.

O impacto nas relações Brasil-EUA

Toda essa discussão traz à baila a fragilidade das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, exacerbada por declarações públicas que, como a de Landau, podem ser interpretadas como intervenções indevidas nos assuntos internos de um país soberano. O governo brasileiro, através de autoridades como Gleisi Hoffmann, tem se posicionado de forma contundente, evitando o que consideram ataques e tentando reafirmar a integridade das instituições brasileiras perante a comunidade internacional.

Enquanto isso, o Itamaraty, órgão responsável pela diplomacia do Brasil, já convocou a Embaixada dos EUA em Brasília para esclarecer as posições adotadas pela representação norte-americana, indicando que as questões diplomáticas entre os países continuam a ser um tema sensível e de grande importância.

Assim, a situação entre Brasil e Estados Unidos segue sob vigilância, com as declarações recentes de ambos os lados enfatizando o que está em jogo em termos de respeito mútuo e entendimentos internacionais. O desdobramento dessa polêmica deverá ser acompanhado de perto, dado seu potencial para impactar as relações bilaterais a longo prazo.

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