Faltando menos de um mês para a abertura da COP30 em Belém, muitos líderes empresariais e de organizações não governamentais ainda estão indecisos sobre sua participação na conferência. Essa dúvida reflete as complexidades logísticas e as mudanças na liderança global de temas ambientais, levando alguns a considerarem participar apenas de eventos paralelos no Rio de Janeiro ou em São Paulo.
Impactos de uma ausência na COP30 em Belém
Segundo análise de especialistas, a ausência de empresas e ONGs na cidade de Belém pode comprometer a efetividade das ações e compromissos assumidos na conferência. Com a chamada “agenda de ações” — um calendário de prioridades fora das negociações oficiais — o evento busca incentivar a implementação de compromissos anteriores, como a redução de emissão de gases de efeito estufa e o combate ao desmatamento.
Participação e engajamento do setor privado
O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, destacou a importância da presença do setor privado em Belém, embora reconheça a realização de eventos paralelos no país, como em Rio e São Paulo. “Precisamos da presença do setor empresarial em Belém para que esses esforços tenham impacto real”, afirmou. Esses dias temáticos, voltados para energia, transporte, comércio, finanças e mercados de carbono, serão o foco de discussões que visam a implementação prática de compromissos ambientais.
Desafios logísticos e decisões estratégicas
Muitos debatedores destacam que os altos custos de hospedagem têm sido apontados como um motivo significativo para a insegurança de alguns participantes. Apesar de boatos sobre valores exorbitantes, a disponibilidade de opções mais acessíveis no site de reservas oficial tem reduzido o obstáculo financeiro. Ainda assim, o fator principal de hesitação permanece na questão: “quem mais estará lá?” e “qual será o real impacto dessas reuniões?”.
Consequências da ausência
Especialistas alertam que a ausência de grandes atores pode dificultar acordos concretos, além de diminuir a pressão global por ações rápidas e eficazes contra as mudanças climáticas. A participação ativa de empresas e ONGs é vista como essencial para reforçar compromissos passados e estimular novas iniciativas que possam acelerar a transição para uma economia mais sustentável.
Perspectivas futuras e próximos passos
Organizadores da COP30 esperam que o evento seja um espaço de implementação e inovação, com a criação de um “granário de soluções” que auxiliará empresas e governos a adotarem boas práticas ambientais. A decisão de participar ou não de Belém, portanto, será determinante para o alcance dos objetivos climáticos brasileiros e globais nos próximos anos.