O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, classificou como “contraproducente” a mistura de agendas políticas e econômicas na decisão dos Estados Unidos de aumentar tarifas sobre produtos brasileiros. Em evento no Recife, ele afirmou que a medida trará consequências negativas para o emprego no país, mas que o Brasil já se mobiliza para minimizar esses efeitos, buscando novos mercados de exportação.
Impacto da tarifa e resposta brasileira
Costa Filho destacou que, em pouco menos de oito meses sob o governo de Donald Trump, os EUA apresentam sinais de recessão, aumento do desemprego e inflação, prejudicando a economia mundial. Segundo o ministro, a decisão americana de taxar produtos brasileiros se soma a uma política que prejudica o crescimento econômico global.
“Infelizmente, a decisão foi influenciada por interesses de setores radicais ligados ao bolsonarismo. Defender essa postura é prejudicial ao Brasil, pois o emprego não é uma questão de direita ou esquerda — é do povo brasileiro”, afirmou Costa Filho. Ele acrescentou que o governo vem reforçando sua estratégia de diversificação de mercados, principalmente na Ásia e Europa, para reduzir a dependência do mercado norte-americano.
Novos mercados e perspectivas
De acordo com o ministro, em menos de dois anos e meio de gestão, o governo Lula abriu mais de 390 novos mercados internacionais. “A decisão dos EUA, apesar de lamentável, acelerará ainda mais essa corrida do setor produtivo brasileiro para explorar novas fronteiras comerciais”, declarou Costa Filho.
Política internacional e cooperativismo
Jader Filho, ministro das Cidades, expressou esperança de que o cenário americano leve a questionamentos internos e ao eventual recuo nas políticas estrangeiras adotadas pelos EUA. “Acredito que as lideranças americanas sentirão a pressão para reverter essa decisão, pois essa loucura na política internacional não é sustentável”, afirmou.
O ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius de Carvalho, ressaltou a importância do Brasil na construção de uma agenda de cooperação internacional e governança multilateral desde o fim da ditadura militar. “Nosso país avançou na promoção da transparência, supervisão e punição à corrupção, fortalecendo instituições e integrando a sociedade civil nesse processo”, destacou.
Perspectivas futuras
Segundo Carvalho, a suspensão, pelo governo Trump, de legislações que puniam empresas norte-americanas por corrupção de agentes estrangeiros demonstra uma mudança no cenário internacional. O Brasil, por sua parte, reforça seu papel na resistência e fortalecimento de mecanismos de combate à corrupção e cooperação internacional.
O ministro frisou que a estratégia brasileira de buscar mercados alternativos, aliada ao fortalecimento de suas instituições, visa garantir a continuidade do crescimento econômico e a defesa dos interesses do país frente às mudanças nas políticas globais.
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