No âmbito da política internacional e das relações entre os Estados Unidos e Israel, a congressista Marjorie Taylor Greene (R-GA) gerou polêmica ao acusar a AIPAC, um influente grupo de lobby pró-Israel, de “quebrar leis dos EUA”. Sua declaração veio após uma viagem que a AIPAC organizou para membros do Congresso a Israel, completamente financiada pelo grupo.
Críticas à AIPAC e à visita a Israel
Durante sua participação no programa The Matt Gaetz Show, transmitido pela One America News, Greene respondeu a críticas da AIPAC que a acusou de se aliar a membros do Partido Democrata, como a congressista Ilhan Omar (D-MN) e a congressista Rashida Tlaib (D-MI), que utilizariam uma retórica “vile” contra os laços EUA-Israel. Ela se declarou “absolutamente furiosa” e caracterizou a atuação da AIPAC como uma violação das leis federais de lobismo.
“A AIPAC precisa se registrar como um lobista estrangeiro porque está quebrando leis dos EUA ao doar para membros do Congresso e ao levá-los em uma viagem totalmente paga a Israel”, disse Greene. “Eles levaram todos os novos membros do Congresso recentemente para conhecer o primeiro-ministro de Israel.”
Greene também fez uma crítica ao estado financeiro de Israel, alegando que o país tem recursos suficientes para se sustentar e defender seus cidadãos. “Israel não está passando por dificuldades”, afirmou, “Eles têm um sistema de saúde e universitário financiados pelos contribuintes. Já provaram que são mais do que capazes de se defender e até de exterminar seus inimigos.”
Repercussões e apoio dentro do Partido Republicano
A declaração de Greene causou um alvoroço, tanto entre membros do Partido Republicano quanto em círculos que apoia a AIPAC. Ela ressaltou que a razão pela qual a AIPAC está atacando sua posição é que ela se atreveu a dizer a verdade. “Se a AIPAC quer me atacar e me acusar de trair meus valores americanos, que venham com tudo. Estou totalmente pronta para isso”, desafiou.
Greene continuou: “O povo americano está cansado de financiar guerras estrangeiras e causas que não têm a ver com nós, enquanto trabalhamos duro todos os dias e a maioria vive de salário em salário.”
Em resposta à sua posição, o apresentador do programa, Matt Gaetz, que já foi congressista, expressou apoio total a Greene: “Se ainda estivéssemos no Congresso, eu diria que associo-me aos comentários da senhora da Geórgia, pois tudo o que ela disse ali é factualmente verdadeiro.”
Contexto e impactos das declarações de Greene
A atuação de Greene chamou a atenção após uma recente crítica feroz a seu colega republicano, o congresista Randy Fine (R-FL), que ela acusou de apoiar “o genocídio, a crise humanitária e a fome que estão acontecendo em Gaza.” Essa postura francamente crítica em relação aos eventos em Gaza e às alianças do governo dos EUA reflete uma divisão crescente dentro do Partido Republicano em relação à política externa e ao apoio a Israel.
O embate de Greene com a AIPAC e outros setores do governo dos EUA levanta questões importantes sobre a influência dos grupos de lobby nas decisões políticas, especialmente em uma era em que muitos americanos estão cada vez mais cientes das dificuldades econômicas que enfrentam em casa. As suas declarações sugerem que uma nova onda de críticos aos tradicionais aliados dos EUA na política externa está emergindo, desafiando normas estabelecidas e exigindo uma revisão das prioridades dos recursos americanos.
As repercussões das declarações de Marjorie Taylor Greene provavelmente continuarão a se desenrolar, levando a debates acalorados sobre o papel da AIPAC, a política de auxílio exterior dos EUA e a voz crescente de membros do Congresso dispostos a desafiar a narrativa predominante.
Assista às declarações de Greene no programa The Matt Gaetz Show e acompanhe de perto os desdobramentos dessa polêmica.
