Brasil, 10 de agosto de 2025
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Eduardo Bolsonaro afirma que sanções ao STF vão além dos EUA

Deputado federal revelou em live que buscará sanções contra Alexandre de Moraes em outros países, desafiando suas ações judiciais.

No último sábado (8), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deixou clara sua intenção de expandir as sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, além dos Estados Unidos. Durante uma live, o parlamentar se dirigiu diretamente a Moraes, afirmando que estava preparado para enfrentar as possíveis consequências de suas ações, inclusive a possibilidade de bloqueio de contas bancárias e medidas via Interpol.

A sanção como estratégia política

Eduardo Bolsonaro, em suas declarações, enfatizou que não se limitou apenas aos Estados Unidos em suas articulações. “Os Estados Unidos foram só o primeiro, não vou parar. Vou para outros países. Sei que você planeja me prender através da Interpol, mas vou tomar minhas precauções e vou assumir o risco”, afirmou, demonstrando um espírito de resistência e provocação tanto às instituições judiciais brasileiras quanto à comunidade internacional.

O deputado é alvo de um inquérito no STF por sua suposta participação na articulação de sanções econômicas, que incluem a taxação de 50% sobre produtos brasileiros pelo presidente Donald Trump. Tal movimento é visto por ele como uma forma de retaliação à “perseguição judicial” que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem enfrentado.

Consequências das ameaças e legislações internacionais

A Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliou que Eduardo Bolsonaro pode ter cometido crimes como coação, obstrução de investigação e tentativa de desestabilização do Estado democrático. Desde fevereiro, ele está em território americano e não esconde seu desejo de pressionar por sanções que possam impactar a investigação sobre as tentativas de golpe de Estado nas quais seu pai é réu.

Em um tom desafiador, Eduardo alertou que, se a pressão continuar, outras figuras políticas no Brasil poderiam ser alvo das sanções, sugerindo que aliados de Moraes estariam em risco. Ele mencionou especificamente a Lei Magnitsky, que permite que os EUA adotem medidas contra pessoas consideradas violadoras dos direitos humanos. Moraes já foi implicado nesse contexto, devido às suas ações relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e as investigações contra grandes empresas de tecnologia que operam no Brasil.

Efeitos e restrições da Lei Magnitsky

As sanções da Lei Magnitsky têm um impacto significativo, uma vez que podem congelar bens e contas de indivíduos nos Estados Unidos e proibir sua entrada no país. Isso significa que, se as sanções forem efetivadas contra Moraes, ele poderá ser impedido de pisar em solo americano, uma medida que tem graves repercussões para qualquer autoridade pública que seja alvo e que busque manter laços diplomáticos internacionais.

A situação se torna ainda mais complexa considerando a tensão entre os diferentes ramos do governo brasileiro e suas interações com a comunidade internacional. A batalha entre o deputado e o STF evidencia um embate mais abrangente acerca do papel das instituições democráticas e da política externa brasileira.

Enquanto a live de Eduardo Bolsonaro provocou reações diversas, a expectativa agora recai sobre as próximas ações tanto do STF quanto da comunidade internacional, que observa atentamente a escalada das tensões neste cenário político já conturbado. À medida que novas peças se movem nesse tabuleiro, os desdobramentos estão longe de serem previsíveis, refletindo a atual polarização da política brasileira e sua repercussão no contexto global.

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