Brasil, 10 de agosto de 2025
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Críticas de executivos da X e dos EUA contra Moraes

Executivos da plataforma X e autoridades dos EUA criticam Alexandre de Moraes do STF, em meio a sanções comerciais e liberdade de expressão.

A plataforma de rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, foi palco de críticas contundentes ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As observações vieram de executivos da empresa, além de uma autoridade federal dos Estados Unidos, destacando um ambiente de tensão nas relações entre Brasil e EUA.

A posição da X e do governo americano

Em uma postagem oficial, o departamento de relações internacionais da X elogiou as sanções impostas pelo governo americano contra o juiz Moraes. O vice-secretário do Departamento de Estado dos EUA, Christopher Landau, também se manifestou sobre a situação, reforçando o apoio do governo americano às ações contra Moraes.

A crítica ao STF

Marco Rubio, influente senador americano, destacou a importância da separação de poderes e expressou preocupações sobre a atuação de Moraes, afirmando que “um único ministro do STF usurpou o poder ditatorial ao ameaçar líderes dos outros ramos”. Essa crítica ecoa em um contexto onde se discute o papel do Judiciário no Brasil e sua relação com os outros poderes.

Liberdade de expressão em debate

A nota divulgada pela X discorre sobre o que considera uma campanha de censura liderada por Moraes. A plataforma argumenta que o ministro violou o devido processo legal ao banir a X em 2024, e que ele não seguiu ordens secretas que visavam derrubar políticos e jornalistas que criticavam sua postura. O recente julgamento do STF que considerou inconstitucional o Artigo 19 do Marco Civil da Internet também foi mencionado, visto que essa decisão comprometeria a proteção à liberdade de expressão online.

A X ainda aplaudiu as ações do governo americano em resposta aos conflitos com o Brasil, como as sanções impostas a Moraes, respaldadas pela Lei Magnitsky Global.

Sanções comerciais e suas repercussões

As críticas, publicadas em um momento crucial, revelam um clima de incerteza nas relações comerciais Brasil-EUA. O governo brasileiro tenta, sem sucesso, reverter as sanções que afetam o comércio entre os dois países. Na última sexta-feira, o Itamaraty convocou o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Gabriel Escobar, para demonstrar seu descontentamento com os ataques a Moraes.

O impacto na política internacional

A troca de farpas entre a X, o governo americano e a Justiça brasileira destaca um crescente conflito no cenário político internacional. A postura da plataforma em defesa da liberdade de expressão, confrontando decisões do STF, revela uma nova dinâmica no uso das redes sociais e o impacto das políticas exteriores. A pressão que os Estados Unidos exercem sobre a política brasileira, utilizando sanções como vara de medir, pode ter consequências duradouras nas relações bilaterais.

Este episódio levanta a questão de até que ponto as empresas de tecnologia e os governos devem interferir nos assuntos internos de um país, especialmente quando se trata de decisões tomadas por um órgão da Justiça. A situação atual exige um diálogo claro e respeitoso entre as partes, a fim de evitar o agravamento de uma crise que já trouxe consequências econômicas para o Brasil.

Com a tensão crescente, a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos desta disputa, que pode influenciar não apenas as relações entre Brasil e EUA, mas também o futuro da liberdade de expressão em um mundo cada vez mais digital e conectado.

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