Brasil, 15 de agosto de 2025
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Governador de Mato Grosso critica Davi Alcolumbre por autoritarismo

O governador Mauro Mendes acusa presidente do Senado de impedir impeachment de Alexandre de Moraes, mesmo com apoio de senadores.

Na última quinta-feira (7/8), o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), fez duras críticas ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Mendes acusou Alcolumbre de agir de forma “autoritária” ao se recusar a pautar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mesmo que todos os 81 senadores manifestem apoio à proposta.

A reunião que gerou polêmica

A declaração de Mendes foi feita durante uma reunião em Brasília, onde governadores de nove estados e do Distrito Federal se reuniram na residência oficial do governador Ibaneis Rocha (MDB). O encontro teve como pauta os impactos da crise institucional no país e as relações do Brasil com os Estados Unidos, que recentemente aumentaram tarifas sobre produtos brasileiros para 50%.

“Não podemos aceitar, sob o pretexto de defender a democracia, a imposição de atitudes autoritárias. Isso parece estar acontecendo hoje no Brasil. Vi uma declaração do presidente do Senado, Alcolumbre, que me preocupou profundamente: ele afirmou que, mesmo que os 81 senadores peçam, ele não vai pautar um pedido de impeachment. Isso é autoritarismo. Como se condena alguém por atitudes autoritárias agindo da mesma forma?”, destacou Mendes.

Davi Alcolumbre mantém sua posição

De acordo com informações obtidas pelo Metrópoles, Alcolumbre comunicou a líderes da base governista e da oposição que não levará adiante o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes. Mesmo diante da unanimidade no Senado, a decisão de pautar ou não a votação é prerrogativa exclusiva do presidente da Casa.

Essa posição de Alcolumbre gerou reações intensas nas redes sociais. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) manifestou sua indignação, afirmando que agora a questão não se restringe apenas ao pedido de impeachment contra Moraes, mas também deveria ser direcionada contra o próprio presidente do Senado, devido à sua decisão de não pautar a matéria.

Oposição mobilizada por impeachment

Em um movimento de resistência, a oposição conseguiu reunir 41 assinaturas para protocolar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes. Este esforço foi intensificado após Moraes ter determinado a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A pressão da oposição culminou com a assinatura do senador Laércio Oliveira (PP-SE), que se tornou o 41º a apoiar o pedido nesta quinta-feira (7/8).

Com isso, os líderes da oposição anunciaram a suspensão da obstrução aos trabalhos do Senado e a desocupação da Mesa Diretora. Os parlamentares, agora, vão se concentrar em pressionar Davi Alcolumbre a iniciar o processo de impeachment contra Moraes, que continua dependendo da decisão do presidente do Senado.

Caminho para o impeachment

Se Davi Alcolumbre decidir levar adiante o pedido de impeachment, será necessário o apoio de 54 senadores, ou seja, dois terços do total de 81 senadores para que a proposta se concretize e o impedimento de Moraes ocorra. Essa complexidade legislativa envolve não apenas a necessidade de maioria, mas também o alinhamento político dentro do Senado.

Num cenário político cada vez mais polarizado, os próximos passos de Alcolumbre e da oposição podem moldar os desdobramentos desta crise institucional, impactando o futuro da relação entre o Senado e o Judiciário, além da própria dinâmica de poder no Brasil.

Enquanto isso, a população acompanha atentamente as movimentações de figuras-chave neste embate, que reflete a tensão crescente nas instituições brasileiras e as possíveis implicações para a democracia no país.

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