Brasil, 10 de agosto de 2025
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Dólar sobe 0,15% e Ibovespa acompanha resultado do balanço da Petrobras

Mercado internacional em tensionamento com tarifaço dos EUA impacta o câmbio e o índice da bolsa brasileira nesta sexta-feira (8)

O dólar abriu em alta de 0,15%, cotado a R$ 5,43 nesta sexta-feira (8), refletindo as tensões entre Brasil e Estados Unidos relacionadas ao tarifaço imposto por Donald Trump. Os investidores também acompanham o desempenho do Ibovespa, que inicia o dia às 10h, após a divulgação do balanço do segundo trimestre da Petrobras, que reportou um lucro de R$ 26,7 bilhões.

Tensão entre Brasil e EUA impulsiona o mercado de câmbio e ações

Desde quarta-feira (6), o presidente Trump instituiu tarifas sobre importações de diversos países, incluindo o Brasil, elevando a alíquota média de importação para o maior nível em um século, segundo a agência Reuters. As negociações do governo Lula com Washington continuam em impasse, apesar do contato diplomático entre ministros, e integrantes do Palácio do Planalto não vislumbram avanços rápidos.

De acordo com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, o país espera arrecadar pelo menos US$ 50 bilhões por mês com as tarifas, aumento em relação aos US$ 30 bilhões de julho. Ele afirmou que haverá uma ampliação na receita, com cobrança sobre semicondutores, medicamentos e outros produtos, a menos que fabricantes comprometam-se a produzir nos Estados Unidos.

Repercussões no Brasil e no mundo

Mercado brasileiro reage ao balanço da Petrobras

O índice Ibovespa apresenta forte alta, recuando da variação negativa da semana, com um crescimento de 3,09% na semana, 2,60% no mês e acumulando 13,50% no ano. A Petrobras, uma das principais compadoras do mercado brasileiro, confirmou lucro de R$ 26,7 bilhões no segundo trimestre de 2025, reforçando a recuperação do setor de petróleo após o impacto da crise internacional.

Mercados europeus e asiáticos demonstram otimismo

Na Europa, as ações encerraram em alta, com destaque para o índice STOXX 600, que subiu 0,92%, após a reunião do Banco da Inglaterra, que reduziu a taxa de juros de 4,25% para 4%, sinalizando cautela diante da inflação ainda elevada. No continente asiático, a Bolsa do Japão, Nikkei, avançou após a possibilidade de redução de impostos sobre automóveis pelos Estados Unidos, enquanto a China fechou em alta ao quarto dia consecutivo, apoiada por dados positivos de exportação.

Impactos econômicos e cenário internacional

Com o início das tarifas, o Brasil acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as ações dos EUA, alegando violação de acordos comerciais internacionais. O presidente Lula afirmou que só irá estabelecer diálogo com Trump quando houver disposição real para negociações, fortalecendo a crise diplomática.

Nos Estados Unidos, a expectativa é de que as tarifas gerem arrecadação superior a US$ 50 bilhões mensais, elevando custos para consumidores e empresas. Na política monetária, o Fed mantém postura cautelosa, com o presidente da região de Atlanta, Raphael Bostic, afirmando que um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros é o único movimento provável neste ano.

Perspectivas e próximos passos

O mercado aguarda o desenvolvimento das negociações comerciais e a possível assinatura de acordos diplomáticos entre Estados Unidos, China e outros parceiros, enquanto o cenário externo permanece marcado por incertezas e estratégias de contenção da inflação e das tensões comerciais.

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