Brasil, 13 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Alemães suspendem exportações de armas ligadas a Gaza após planos de Netanyahu

Governo alemão interrompe vendas de armas que possam ser usadas em Gaza, enquanto Reino Unido condena decisão de Israel de ocupar a faixa

O governo da Alemanha anunciou nesta sexta-feira (10) a suspensão das exportações de armas que possam ser utilizadas na Faixa de Gaza, em resposta aos planos de ocupação total lançados pelo governo israelense. A decisão ocorre após o anúncio do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de uma estratégia militar que visa retomar o controle de toda a região, incluindo a cidade de Gaza.

Resposta oficial da Alemanha à estratégia de Netanyahu

O chanceler Friedrich Merz afirmou que o governo alemão não concederá mais autorizações para exportação de equipamentos militares capazes de serem utilizados na Gaza. “A nova ofensiva militar aprovada pelo gabinete de segurança israelense torna incerto como esses objetivos serão atingidos. O governo alemão, até novo aviso, não autorizará qualquer equipamento militar que possa ser empregado na Faixa de Gaza”, declarou Merz.

Reações internacionais contrárias ao plano de Israel

Na semana passada, líderes de diversos países condenaram a decisão israelense, incluindo o primeiro-ministro britânico Keir Starmer. Em um comunicado, Starmer chamou a ação de “errada” e pediu que o governo israelense reavalie sua postura imediatamente. “Uma solução diplomática é possível, mas ambos os lados devem se afastar do caminho da destruição”, afirmou o premier.

Objetivos do plano de Netanyahu e críticas da ONU

O novo plano israelense, divulgado pelo gabinete de Netanyahu, prevê a ocupação de Gaza, começando com a tomada de Gaza City. Entre os objetivos estão a libertação de todos os reféns, a desmobilização do Hamas, a desmilitarização do território e o controle total da segurança por Israel. Ainda está prevista a instalação de uma autoridade governamental alternativa, que não seja nem liderada pelo Hamas nem pela Autoridade Palestina.

Contudo, a proposta foi duramente criticada por órgãos internacionais. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu que o plano fosse interrompido “imediatamente”, afirmando que ele “contraria a decisão da Corte Internacional de Justiça de encerrar a ocupação israelense na região”.

Perspectivas e impactos

Especialistas alertam que a decisão de Israel representa uma escalada do conflito na região e pode gerar uma crise humanitária de grandes proporções. Enquanto isso, países como Alemanha e Reino Unido reavaliam seus suportes militares à Israel diante das crescentes tensões e do agravamento do cenário de conflito.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes