Goiânia – Na cidade de Goiânia, um crime brutal chocou a comunidade. Na tarde de 26 de julho, o músico Bruno Duarte, de 29 anos, foi assassinado com 47 facadas no Bosque dos Buritis. O principal suspeito, identificado como Arthur Vinícius, ex-companheiro da vítima, foi preso e está sendo investigado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO).
Imagens reveladoras do crime
Imagens de câmeras de segurança mostraram Bruno caminhando na calçada do bosque, vestido com uma camisa branca. Pouco depois, Arthur surge nas imagens, seguindo Bruno antes que ambos saiam do campo de visão da câmera. Segundo a polícia, foi nesse momento que o assassinato ocorreu, às 18h33. Seis minutos depois, Arthur é visto deixando o bosque, sendo seguido por uma testemunha.
O delegado Vinícius Teles, da PCGO, indicou que os elementos coletados, incluindo o relato de testemunhas, sugerem que o crime não se tratou de legítima defesa, como alegou o suspeito durante o depoimento. A divulgação das imagens tem sido crucial para a investigação, tornando mais evidente a premeditação do ato violento.
Motivação do crime: ciúmes e relação passada
A motivação do homicídio, segundo a Polícia Civil, está relacionada a um triângulo amoroso. Bruno estava se relacionando com a ex-companheira de Arthur, um vínculo que teve início em março de 2023. A separação entre Arthur e sua ex-mulher aconteceu em dezembro de 2022, e o crime foi impulsionado por ciúmes e questões emocionais não resolvidas.
- No dia do crime, o corpo de Bruno foi encontrado pelas autoridades próximo ao Monumento da Paz, apresentando diversas marcas de facadas.
- Após o assassinato, Arthur fugiu e foi localizado em Catalão, Goiás, por meio de investigações da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH).
- Ele se apresentou como professor universitário, mas não revelou a instituição em que trabalhava durante a prisão.
Fuga e prisão do suspeito
A prisão de Arthur se deu com a ajuda de familiares. Quando capturado, ele se identificou como professor, mas sua vida acadêmica permanece obscura. Após sua detenção, ele foi indiciado por homicídio em circunstâncias agravantes, incluindo motivo torpe, emboscada e meio cruel devido à brutalidade dos golpes desferidos.
Desdobramentos da investigação
Atualmente, a investigação está em andamento. A Polícia Civil busca determinar se Arthur se fez passar pela ex-companheira para atrair Bruno ao cenário do crime. O delegado aguarda relatórios que confirmem a autenticidade das interações entre Bruno e o psicólogo.
Além das provas visuais, uma testemunha relatou que, enquanto brutalmente atacava o músico, Arthur proferiu a frase: “Você nunca mais vai mexer com mulher de ninguém”, demonstrando a premeditação e a intenção do crime. Essas declarações oferecem um contexto emocional e psicológico ao ato, que chocou não apenas os amigos e familiares de Bruno, mas toda a comunidade goiana.
Com o inquérito finalizado, o caso foi encaminhado ao Ministério Público de Goiás (MPGO), que analisará as acusações e decidirá sobre a apresentação de uma denúncia formal à Justiça. O clamor por justiça é intenso entre os que conheciam Bruno, que era reverenciado pela sua música e personalidade amigável.
Esse crime é um triste lembrete sobre as consequências da violência e da falta de diálogo nas relações interpessoais, levando a sociedade a refletir sobre a importância de buscar ajuda em situações de conflito amoroso e emocional. O resultado da investigação e a Justiça para Bruno Duarte ainda são esperados por todos que foram tocados pela sua tragédia.
