Brasil, 13 de agosto de 2025
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Suposta interferência americana nas eleições de 2022 é discutida na Câmara

O ex-funcionário do governo dos EUA, Mike Benz, faz acusações de interferência nas eleições brasileiras durante audiência na Câmara.

Após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a oposição brasileira intensificou ataques às eleições de 2022, alimentados por denúncias feitas por Mike Benz, ex-funcionário do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Benz foi convocado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados (Creden) e participou de uma audiência na quarta-feira (6/8), onde voltou a afirmar que houve uma suposta interferência americana no pleito, que resultou na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva sobre Bolsonaro.

Acusações de interferência nos processos eleitorais

Durante a audiência, Benz destacou que o governo de Joe Biden teria utilizado meios estatais para influenciar a política brasileira. Ele citou como exemplo a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), que teria aumentado os investimentos no Brasil no início do governo Bolsonaro com o objetivo de atacar sua administração e prejudicar suas chances de reeleição.

Contexto político e econômico

O ex-funcionário relatou que, durante os primeiros dias do governo Trump, a Usaid foi criticada por Elon Musk, que se posicionou contra a atuação da agência, rotulando-a de “composta por radicais de esquerda”. Benz também afirmou que a agência foi fechada durante a administração de Trump, amplificando as tensões entre os EUA e o Brasil. A Usaid, por sua vez, é reconhecida mundialmente como uma das principais agências de doação humanitária, atuando em diversos projetos ao redor do planeta.

Além da Usaid, Benz mencionou um suposto envolvimento da CIA e do Partido Democrata, afirmando que haveria um “complô” para interferir no discurso político brasileiro, utilizando financiamento de agências de checagem e mídia como mecanismo de controle.

Controvérsias no STF

Benz também insinuou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, tinha ciência de tais manobras e possuía contatos diretos com autoridades dos EUA sobre o assunto. Barroso, que presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 2020 e 2022, foi mencionado por ter buscado apoio dos Estados Unidos na tentativa de fortalecer a democracia brasileira durante o pleito eleitoral mais recente.

Provas e desdobramentos da audiência

Até o momento, não existem provas concretas que sustentem as alegações de Benz sobre a interferência dos EUA nas eleições de 2022. Embora o ex-funcionário tenha apresentado slides e afirmações, falta documentação que comprove sua narrativa. Mesmo assim, a oposição planeja usar suas declarações para questionar a legitimidade das eleições e defender Bolsonaro.

Filipe Barros (PL), presidente da Creden, declarou que buscará a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o dinheiro supostamente investido pela Usaid no Brasil. Além disso, Barros pretende apresentar um Projeto de Lei que proíba o investimento estrangeiro em ONGs brasileiras, sugerindo que a coligação do presidente Lula poderia ter se beneficiado desse financiamento, o que contraria a legislação eleitoral vigente.

As alegações de Benz e os desdobramentos da audiências na Câmara revelam a polarização do debate político no Brasil, bem como as tensões entre diferentes grupos no país. A trajetória dessas novas investigações será acompanhada de perto, levantando questões sobre a soberania nacional e a integridade dos processos eleitorais.

Para mais detalhes, acesse a íntegra da matéria original aqui.

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