O ex-estrategista de Donald Trump, Steve Bannon, está nos estágios iniciais de planejamento para uma ousada candidatura à presidência em 2028, conforme revelado por fontes bem informadas. A possível corrida de Bannon promete dividir o movimento “Make America Great Again”, que ele ajudou a construir, ao se confrontar com JD Vance, o atual vice-presidente, que também está quase certo de lançar sua própria candidatura para o pleito de 2028, possivelmente com o apoio de Trump.
A batalha pela alma do movimento MAGA
Uma disputa primária entre Bannon e Vance não será apenas uma concorrência eleitoral, mas uma guerra civil explosiva dentro do movimento populista criado por Trump. Enquanto Bannon é considerado o arquétipo deste movimento, Vance é visto por alguns como seu herdeiro institucional.
Fontes próximas a Bannon e Trump informaram que o ex-estrategista de 71 anos começou a buscar conselhos políticos. Um informante próximo de Bannon destacou que ele tem ridicularizado a ideia de Vance ser um candidato forte. “Eu gosto dele, mas Vance não é forte o suficiente para concorrer em 2028”, teria afirmado Bannon a vários interlocutores.
Embora Bannon tenha se recusado a comentar sobre as especulações em torno de sua candidatura, um porta-voz de Vance não respondeu aos pedidos de comentário pelo veículo Daily Mail, onde a notícia foi originalmente reportada.
O contexto da política americana
A tensão entre Bannon e Vance surge poucos dias após Trump ter declarado que Vance provavelmente seria o favorito para sucedê-lo. Durante uma conferência do CPAC, realizada alguns meses atrás, os participantes colocaram Vance como o principal concorrente e Bannon em segundo lugar, com 61% e 12% dos votos, respectivamente. Já o governador Ron DeSantis e o secretário de Estado Marco Rubio apareceram na terceira e quarta colocação.
Fontes do Partido Republicano afirmam que Bannon desempenhou um papel crucial em ajudar Vance a se consolidar na chamada “MAGA world”, especialmente após Vance ter compartilhado publicamente visões divergentes e críticas ao presidente Trump. Um consultor republicano comentou que, embora Bannon tenha longas aspirações presidenciais, seu plano específico permanece em fase de reflexão e ponderação.
Intervenções e influências
Bannon é conhecido por ser um operador de mídia perspicaz e defensor da agenda populista e “America First”. Em entrevistas, ele já declarou não se considerar um político tradicional, mas alguém que apenas apoia Trump e busca avançar as propostas do movimento. Ele rotulou a possibilidade de sua candidatura como “absurda” ao discutir se ele poderia ser um candidato à Casa Branca.
Além de suas ambições políticas, Bannon também está no centro de uma história polêmica envolvendo os arquivos de Jeffrey Epstein. Ele afirmou possuir cerca de 15 horas de filmagens não divulgadas de Epstein, gravadas em 2019, que poderiam ser usadas como uma forma de vantagem em 2028, se não forem liberadas.
Uma corrida imprevisível pela presidência
Enquanto Bannon pondera sua estratégia de candidatura, a política americana permanece em constante mudança. Ele representa a ponta da lança intelectual do movimento MAGA e possui um programa influente na mídia, conhecido como “War Room”. À medida que a competição se intensifica, muitos observadores estarão atentos para ver como essa dinâmica impactará a nova corrida presidencial.
Com as tensões crescendo e as candidaturas se formando, o futuro do Partido Republicano e o impacto que Bannon pode ter nas próximas eleições se tornam questões centrais às vésperas de uma nova era política nos Estados Unidos.
Assim, a corrida para a presidência de 2028 promete ser uma das mais intrigantes e polarizadoras já vistas, com Bannon assumindo um papel central no desenrolar dessa história.