Brasil, 7 de agosto de 2025
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Risco de retaliação dos EUA preocupa Brasil em relação à Rússia

Governo brasileiro monitora possíveis tarifas americanas que podem afetar importação de fertilizantes e óleo diesel russo

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressa preocupação com o risco de os Estados Unidos aplicarem retaliações comerciais contra o Brasil devido às importações de fertilizantes e óleo diesel da Rússia. Essa possibilidade surge em meio à maior tensão internacional relacionada à guerra na Ucrânia e às recentes ações de Washington contra países que continuam comprando produtos russos.

Contexto da guerra e sanções comerciais

Desde fevereiro de 2022, a Rússia está em conflito com a Ucrânia, o que levou os EUA e aliados europeus a estabelecerem sanções econômicas e tarifas elevadas sobre produtos russos. Na última semana, o presidente Donald Trump anunciou uma tarifa adicional de 25% sobre importações da Índia, em resposta às compras de petróleo russo pelos indianos. Essa medida foi justificada pelo fato de que as importações de energia da Rússia dificultam um novo acordo de paz no Leste Europeu.

Impactos potenciais para o Brasil

O Brasil é altamente dependente de fertilizantes importados, sendo a Rússia seu maior fornecedor, seguida por Marrocos e Canadá. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), de janeiro a julho deste ano, o país importou US$ 2,4 bilhões em fertilizantes russos, uma alta de 27,6% em relação ao mesmo período de 2024. Além disso, a Rússia responde por 56% do total de óleos combustíveis importados pelo Brasil, que totalizaram US$ 3,4 bilhões no mesmo período, uma redução de 14,4% em relação ao ano passado.

Se os Estados Unidos decidirem aplicar tarifas ou restrições a esses produtos, o agronegócio brasileiro, que depende de fertilizantes e óleo diesel importados, poderá sofrer aumentos de custos significativos. Segundo integrantes do governo, o Brasil precisa buscar alternativas em outros mercados para manter o abastecimento, embora ainda não haja uma crítica direta dos EUA às importações brasileiras.

Potenciais estratégias e desafios futuros

O governo brasileiro acompanha de perto a evolução dessa situação, buscando garantir o fornecimento de fertilizantes e combustíveis às lavouras nacionais. Apesar da dependência de fornecedores estrangeiros, há esforços para diversificar fontes de importação e estimular a produção interna, minimizando o impacto de possíveis retaliações.

Especialistas alertam que, diante do atual cenário geopolítico, o Brasil precisa manter uma postura diplomática equilibrada para evitar consequências econômicas adversas e assegurar a continuidade de suas atividades agrícolas e industriais. A expectativa é que o governo divulgue em breve medidas que possam mitigar os riscos à economia brasileira decorrentes do conflito entre Rússia e Ucrânia.

Para mais detalhes, leia a reportagem completa no site do Globo.

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