Na homilia de hoje, o bispo da Diocese de Paranavaí, Dom Mário Spaki, trouxe à reflexão o Evangelho de Mateus 16,13-23, que retrata um momento crucial na vida dos discípulos e na missão de Jesus. A pergunta “Quem dizes que eu sou?” feita por Jesus aos seus seguidores é central para entender a identidade do Messias e como essa identidade se revela nas dificuldades e desafios da vida.
A confissão de Pedro e o papel da Igreja
No diálogo entre Jesus e Pedro, encontramos a essência da fé cristã. Pedro reconhece Jesus como o Messias, o Filho do Deus vivo, e essa confissão não é apenas uma palavra, mas um compromisso. Ao colocar Pedro à frente de sua Igreja, Jesus estabelece a fundação da comunidade cristã. Contudo, é fundamental notar que a missão de Pedro e, por extensão, de todos nós, inclui abraçar a cruz, que é o símbolo do sacrifício e da entrega total.
A cruz sob a perspectiva divina
Dom Mário enfatiza que o olhar humano muitas vezes se distancia da visão de Deus, especialmente em momentos de dor e sofrimento. A cruz, que facilmente é vista por nós como um peso e uma tragédia, é, para Deus, um ato de amor puro. Ele nos convida a mudar nossa perspectiva: “Veja as coisas como Deus vê.” Para isso, precisamos emprestar os Seus olhos e entender que a superação das adversidades está interligada à capacidade de amar, mesmo em meio ao sofrimento.
Como viver o Evangelho hoje
Vivemos em um mundo onde as dificuldades são constantes, e a própria ideia de cruz pode parecer assustadora. Contudo, Dom Mário nos instiga a acolher cada situação desafiadora da nossa vida com um novo olhar. Isso não significa ignorar a dor, mas sim entender que cada sacrifício e cada dor podem ser transformados em oportunidades de amor e doação. A verdadeira fé cristã não nega a dor; ela a abraça e, mesmo assim, continua a amar.
A importância da doação
A doação não se limita apenas a atos grandiosos, mas se manifesta em pequenas atitudes do cotidiano. Cada gesto de amor e solidariedade é um passo na direção do que significa ser verdadeiramente cristão. O exemplo maior é o de Jesus, que diante da cruz não se afastou do amor nem da missão de salvação. Ele modela para nós um caminho onde, mesmo na dor, há possibilidade de vida nova e esperança.
Conclusão: Um chamado à reflexão
Ao final, Dom Mário Spaki convoca todos os fiéis a refletirem sobre seu próprio cotidiano e suas próprias cruzes. O convite é claro: enxergar além do sofrimento, reconhecer a presença de Deus em cada situação adversa e, assim, aprender a amar profunda e genuinamente. Que este Evangelho nos motive a buscar não apenas a resposta à pergunta de Jesus, mas também a viver a missão que nos foi confiada: ser luz e amor no mundo, mesmo diante das adversidades.
Portanto, ao lidarmos com nossos desafios, que possamos sempre lembrar da afirmativa de Pedro e da resposta amorosa de Jesus. Assim, seguiremos firmes, guiados pela certeza de que, com os olhos de Deus, podemos transformar qualquer cruz em um caminho de amor e salvação.
