Brasil, 10 de agosto de 2025
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Kennedy faz afirmação controversa sobre negros e vacinas que preocupa especialistas

Comentário de RFK Jr. sobre o calendário de vacinação de negros e brancos levanta alarmes na comunidade médica e reforça o combate à desinformação

O ambientalista e ativista anti-vacinas Robert F. Kennedy Jr. gerou preocupação entre especialistas ao afirmar que negros deveriam receber um calendário de vacinação diferente do de brancos, alegando que suas “defesas imunológicas” seriam superiores. A declaração, feita em 2021 e reiterada recentemente, reproduz uma teoria considerada racista por cientistas e profissionais de saúde.

Declarações controversas e impacto na confiança pública

Kennedy afirmou que “não deveríamos aplicar a mesma rotina de vacinas a negros e a brancos, pois os negros têm sistemas imunológicos melhores”, colocando em xeque o pensamento científico que reforça que raça é uma construção social, sem base genética que justifique mudanças no calendário de imunizações. Especialistas alertam que tais afirmações alimentam desconfiança e podem aumentar o risco de resistência a vacinas, principalmente entre comunidades negras.

Risco de racismo científico e suas consequências

Para o médico Joel Bervell, recente formado e divulgador de mitos na área da saúde, essas declarações não têm respaldo científico. “A ideia de que há diferenças imunológicas entre raças é equivocada e reforça o racismo científico, que já causou graves prejuízos, como tratamentos inadequados e aumento da mortalidade”, explicou à HuffPost. Segundo o Apoio da Associação Médica Americana, as manifestações de Kennedy contrariam consensos atuais e despertaram reações contrárias de entidades como a Academia Americana de Pediatria.

Relações com discursos de figuras políticas e efeitos na saúde pública

Analistas comentam que o comportamento de Kennedy reforça narrativas similares às propagadas por ex-presidente Donald Trump, que exploram temores e estereótipos raciais. “Esse tipo de mensagem aumenta a desconfiança na vacinação, dificultando a imunização de grupos vulneráveis e expondo a riscos a toda a população”, avaliou Blackstock, especialista em justiça racial na saúde.

Repercussões na política e ações contra desinformação

Organizações médicas, como a American Medical Association e a Academia Americana de Pediatria, já criticaram duramente as posições de Kennedy, e alguns estão movendo ações judiciais contra ele por disseminar informações falsas relacionadas à vacinação e ao racismo na saúde. Kennedy, que antes se dizia contrário às vacinas, agora defende posições que podem agravar o fenômeno da hesitação vacinal, especialmente em comunidades negras.

Pontos críticos e urgência de combate à desinformação

Especialistas reforçam que a persistência de discursos como os de Kennedy é prejudicial ao sistema de saúde, pois prejudica a confiança e promove práticas discriminatórias baseadas em conceitos pseudocientíficos. “É crucial fortalecer a educação e a comunicação de evidências científicas para evitar que falsidades ganhem espaço na sociedade”, afirmou Joel Bervell.

Debates sobre o tema evidenciam a importância de combater o racismo na medicina e garantir o acesso equitativo às vacinas e tratamentos, contrapondo-se a narrativas que perpetuam preconceitos e desinformação na era digital.

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