A Hapvida, maior operadora de planos de saúde do país com 8,8 milhões de usuários, anunciou um investimento de R$ 380 milhões até o fim de 2026 para expandir sua atuação no Rio de Janeiro. A iniciativa prevê a construção de um hospital de alta complexidade, centros de pronto atendimento e unidades ambulatoriais na cidade e em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Expansão da rede própria no Rio de Janeiro
Com atuação verticalizada, a Hapvida já possui 19 unidades no estado, entre hospitais, prontos-socorros, clínicas e laboratórios, atendendo cerca de 1 milhão de pessoas, incluindo beneficiários de outros convênios. A maior parte do aporte será direcionada à compra e adaptação de um antigo edifício da Petrobras na Cidade Nova, com 50 mil metros quadrados, que se transformará em um hospital com 250 leitos para atendimento adulto e materno-infantil.
Mais R$ 94 milhões serão utilizados na construção de três prontos-socorros, previstos para conclusão até o final de 2026. Essas unidades estarão Localizadas na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, na Penha, na Zona Norte, e em Botafogo, na Zona Sul. Além disso, duas clínicas de consultas eletivas serão abertas, uma em Botafogo e outra em Nova Iguaçu, criadas para ampliar o acesso à assistência de qualidade.
Novo projeto e oportunidades no mercado de saúde
Segundo Rafael Andrade, vice-presidente comercial da Hapvida, a região metropolitana do Rio possui uma população de 5,6 milhões de usuários de planos de saúde, o que favorece o modelo de saúde verticalizada, que atende os pacientes em rede própria, com muita gente distribuída em uma área relativamente pequena. “Crescer no Rio sempre esteve nos nossos planos, pois a cidade oferece um potencial grande, especialmente após um momento financeiro positivo da companhia”, afirmou.
A estratégia da Hapvida também inclui a modernização da infraestrutura do Hospital Santa Martha, em Niterói, adquirida em 2021. Quando questionado sobre possíveis aquisições, Andrade afirmou que “fusões e aquisições sempre estão na pauta”, embora não tenha confirmado a venda da Assim Saúde, operadora carioca com 615 mil usuários, que estaria sendo avaliada para venda, com interesse da Hapvida. Apesar disso, a Assim negou qualquer negociação com o banco Itaú BBA, que teria sido contratado para estruturar uma possível venda.
O impacto do mercado de saúde no Rio de Janeiro
Especialistas veem com bons olhos o movimento da Hapvida, que busca ampliar sua presença em um mercado que vem registrar crescimento na quantidade de beneficiários, após períodos de estagnação. Segundo Adriano Londres, sócio da consultoria Arquitetos da Saúde, a estratégia da companhia, ao atuar em regiões com potencial de crescimento na base da pirâmide, pode também captar pacientes de operadoras em dificuldades, como a Golden Cross, liquidada extrajudicialmente, ou a Unimed Freguesia.
Já Ana Maria Malik, professora da FGV Saúde, destaca que o sucesso na captação de beneficiários dependerá da oferta de contratos diferenciados e da ampliação da rede credenciada na região, que pode atrair um grande número de novos usuários de planos de saúde.
Patrocínio ao Flamengo e novas possibilidades
Como parte de sua estratégia de branding, a Hapvida anunciou, no fim de junho, patrocínio de R$ 23,8 milhões por ano ao Flamengo, incluindo a exibição do nome na parte superior das costas dos uniformes do time profissional e do sub-20. Ainda estão sendo estudadas possibilidades de planos especiais para sócios-torcedores, integrando benefícios esportivos e de saúde.
O cenário atual também envolve disputas comerciais internacionais, como o ministério da Saúde brasileiro avaliando estratégias para ampliar sua presença no mercado, enquanto a Hapvida busca consolidar seu crescimento e fortalecer sua rede na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Com novidades e investimentos, a Hapvida sinaliza que pretende se consolidar como uma das principais players no estado, oferecendo maior acesso a serviços de saúde de alta qualidade e contribuindo para a ampliação do mercado privado no Rio.
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