A onda perfeita e perigosa de Teahupo’o, no Taiti, será o cenário da última etapa antes do WSL Finals, que definirá o campeão mundial de surfe. A fase decisiva vai acontecer no final deste mês, em Cloudbreak, Fiji, reunindo os cinco melhores surfistas da temporada. Hoje, no primeiro dia do campeonato, a chamada está programada para as 14h (horário de Brasília), com a expectativa de ondas grandes, variando entre 3 e 4,5 metros e condições favoráveis para os competidores. A janela de disputa vai até o dia 16 deste mês.
Yago Dora busca consagração em Teahupo’o
O catarinense Yago Dora, líder do ranking e já classificado para o Finals pela primeira vez, chega ao Taiti motivado. Depois de conquistar o vice-campeonato em Jeffreys Bay, na África do Sul, ele garantiu sua vaga e vive a melhor temporada de sua carreira, com vitórias em Peniche, Portugal, e Trestles, EUA. Embora tenha ficado em 6º lugar em 2024 e 7º em 2023, Yago agora tem a chance de aproveitar a vantagem que seu posicionamento lhe oferece.
Para assegurar o título mundial, o surfista não precisa se preocupar com os resultados dos seus concorrentes, bastando avançar à final ou conquistar a etapa para garantir a lycra amarela. Se ele chegar às quartas ou semifinais, o sul-africano Jordy Smith, em segundo lugar, terá que vencer a etapa para superá-lo.
Vantagens e Desafios
Além de competir menos vezes, Yago Dora se beneficiou no Finals deste ano, onde precisa vencer apenas uma bateria para ser campeão mundial, sem precisar de repescagem. Caso perca a primeira disputa, o formato anterior, que requeria vencer duas vezes para garantir o título, poderá ser aplicado novamente.
Italo Ferreira, por sua vez, teve um começo promissor na temporada, com uma vitória na piscina de Abu Dhabi, mas deslizou para a quarta colocação após três eliminatórias seguidas em 17º lugar. Defender seu título na etapa de Teahupo’o é crucial para Ele. Ele precisa avançar para a final, o que garantiria sua presença no Finals, sem depender de resultados de outros competidores.
Outros concorrentes no cenário mundial
Filipe Toledo, que optou por dar uma pausa em 2024 para cuidar da saúde mental, chega ao Taiti em sétimo lugar, uma situação incomum para um bicampeão mundial. Para ele, não só um resultado excelente é necessário, mas também uma dose de torcida contra aqueles acima dele no ranking, como Griffin Colapinto e Ethan Ewing.
No contexto feminino, Luana Silva busca uma combinação improvável de resultados para avançar ao Finals, necessitando conquistar o título em Teahupo’o, onde ocupa a décima posição. Além disso, Miguel Pupo, com uma vitória passada na mesma etapa, está em 13º lugar e enfrenta desafios semelhantes.
Possibilidades e Expectativas
João Chianca, conhecido como Chumbinho, já não tem chances matemáticas para o Finals, mas pode surpreender e causar dificuldades para os principais concorrentes, conforme sua performance nos tubos taitianos. Alejo Muniz não competirá, tendo se machucado em J-Bay.
Os olhos dos fãs de surfe estarão voltados para Teahupo’o, onde os atletas enfrentarão um dos mais desafiadores e icônicos picos do mundo. A etapa promete não apenas emoções, mas a decisão do que será um desfecho espetacular para a temporada da World Surf League.
