Brasil, 7 de agosto de 2025
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Dólar sobe e Ibovespa registra otimismo com balanços

Investidores acompanham tarifas comerciais dos EUA, confiante em balanços do segundo trimestre e ações do governo brasileiro

O dólar iniciou a sessão desta quinta-feira (7) em alta, reflexo da expectativa de anúncio de um plano de contingência pelo governo brasileiro diante da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos, que entrou em vigor nesta quarta-feira (6). Além disso, as novas tarifas sobre produtos de mais de 90 países também impactam o cenário internacional, após decisão da Casa Branca de reestruturar as cadeias globais de comércio.

Impacto das tarifas americanas e ações do governo brasileiro

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil notificou a Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a violação dos compromissos do país pelos EUA, em resposta às tarifas aplicadas aos produtos brasileiros. Segundo o comunicado, as medidas dos Estados Unidos representam uma ameaça às relações comerciais multilaterais e violam regras da OMC, tendo sido adotadas por justificativas que envolvem segurança nacional.

O governo Lula anunciou que adotará medidas de retaliação e busca negociações para resolver a disputa, incluindo a possibilidade de medidas compensatórias e apoio às empresas afetadas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o pacote de ajuda às empresas impactadas incluirá crédito e aumento de compras governamentais.

Cenário econômico e cenário internacional

Na Bolsa de Valores, o Ibovespa registra início de negociações às 10h com otimismo, impulsionado pelos balanços positivos do segundo trimestre e pelo alívio das tensões políticas internas. Até o momento, o índice acumula alta de 1,59% na semana, 1,10% no mês e 11,85% no ano.

Na avaliação do mercado internacional, as bolsas na Europa operam em alta devido às notícias sobre tarifas comerciais e à decisão do Banco da Inglaterra de cortar os juros de 4% para uma taxa mais favorável ao crescimento econômico, após uma votação apertada. Os mercados da Ásia-Pacífico também fecharam em alta, reagindo à promessa do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor uma tarifa de até 100% sobre semicondutores e chips importados.

Indicadores econômicos e tendências de mercado

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) divulgado pela Fundação Getulio Vargas mostrou recuo de 0,07% em julho, após uma deflação de 1,80% em junho. O indicador acumula uma queda de 1,82% no ano e uma alta de 2,91% nos últimos 12 meses, refletindo a sensibilidade às oscilações cambiais e custos no atacado.

O dólar apresentou uma queda de 1,47% na semana, uma de 2,46% no mês e uma redução de 11,60% no acumulado do ano. Por outro lado, o Ibovespa registra um desempenho positivo, com alta de 1,59% na semana, 1,10% no mês e avanço de 11,85% no período de 2023.

Próximos passos e desafios políticos

O impacto das tarifas americanas no mercado brasileiro ainda gera incertezas, especialmente após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo Supremo Tribunal Federal por descumprimento de medidas cautelares. A medida tem potencial de influenciar negociações entre Brasil e Estados Unidos, dada a forte posição de Bolsonaro junto ao ex-presidente Donald Trump, que defendeu Bolsonaro em momentos críticos.

Enquanto isso, o mercado aguarda a divulgação do resultado da balança comercial brasileira em julho, que mostra déficit pelo sétimo mês consecutivo. As exportações somaram US$ 3,71 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 4,26 bilhões, resultando em um saldo negativo de US$ 559 milhões para o país.

Para o mercado financeiro, a atenção permanece na possibilidade de novas informações do Federal Reserve americano sobre a política de juros, além das negociações entre Brasil e EUA para conter os efeitos das tarifas e proteger setores estratégicos.

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