Na última quarta-feira, 7 de agosto, um voo que partiu de São Paulo com destino a Amsterdã passou por uma situação alarmante. Um carregador portátil de celular pegou fogo, gerando fumaça e pânico entre os passageiros. A jornalista brasileira Simone Malagoli estava a bordo e compartilhou sua experiência angustiante em suas redes sociais.
O relato de Simone Malagoli
Simone descreveu o voo como “um dos mais tensos” de sua vida. Durante o incidente, a aeronave estava a cerca de quatro horas de distância do destino, sobrevoando o oceano, quando surgiu o incêndio. “Estava todo mundo dormindo. De repente, eu ouvi barulho, uma correria”, narrou a jornalista. “Olhei para o lado e vi muita fumaça no corredor ao lado, mas muita fumaça mesmo”, completou.
O momento de pânico
Segundo a jornalista, a reação imediata dos passageiros foi de desespero. “Alguns começaram a gritar para alertar sobre as chamas, e a preocupação se instaurou. Acreditamos que estava pegando fogo na bobina, no motor, em algo no porão”, lembrou. O cheiro de queimado e a fumaça densa geraram temor entre os passageiros, que ficaram apavorados sem saber a origem do fogo.
Incêndio causado por um power bank
Após o susto inicial, a informação de que um celular poderia ter causado o incêndio começou a se espalhar. Posteriormente, foi confirmado que um carregador portátil, conhecido como power bank, estava dentro da mochila de um dos viajantes que dormia no momento do incidente. “Muita gente sentiu o cheiro antes, mas não achou que era fogo; pensaram que era algo relacionado às comissárias”, explicou.
Simone contou que, no momento em que o foco do incêndio foi descoberto, as comissárias de bordo agiram rapidamente com extintores de incêndio. “Mas demorou um pouco, ficou muita fumaça e cheiro de queimado”, relatou. Quando a aeronave pousou na Alemanha, equipes médicas estavam à espera para atender os passageiros e verificar possíveis inalações de substâncias tóxicas.
Um alerta sobre segurança
Apesar de ser uma viajante frequente, Simone afirmou que nunca havia vivenciado nada semelhante. Para ela, essa experiência serve como um alerta quanto ao transporte de dispositivos eletrônicos. “Imagina se pega fogo na mala que está no porão? Quem é que ia conseguir controlar?”, ponderou. Enquanto a indústria aérea avança em segurança, casos como esse ressaltam a necessidade de uma reflexão sobre os riscos associados a dispositivos com baterias de lítio.
Medidas de segurança e prevenção
Segundo especialistas, a segurança dos passageiros é prioridade nas companhias aéreas. No entanto, o incidente com o power bank ilustra a importância de se ter políticas claras para o transporte de dispositivos que possam representar riscos de incêndio. As companhias podem considerar novas diretrizes de manuseio e embalagem para esses equipamentos, garantindo que eventos desse tipo não se repitam.
À medida que o número de pessoas voando aumenta, também cresce a responsabilidade das companhias aéreas em educar seus passageiros sobre os perigos potenciais de carregar dispositivos eletrônicos durante os voos. Este evento serve, portanto, não somente como um conto assustador, mas como uma oportunidade de melhorar a segurança e evitar futuras ocorrências.
Com a experiência bem registrada e compartilhada, fica a esperança de que futuros voos sejam tranquilos e livres de incidentes que possam colocar em risco a segurança dos passageiros. Neste caso, o bom desfecho, com medidas adequadas da equipe de voo, fez toda a diferença na resolução de uma situação potencialmente catastrófica.