Brasil, 13 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Aumento nos pedidos de medidas protetivas em Marília após 19 anos da Lei Maria da Penha

Marília registra aumento significativo nos pedidos de medidas protetivas, refletindo a luta contra a violência doméstica e a importância da denúncia.

No dia 7 de agosto, a Lei Maria da Penha completa 19 anos, marcando um importante marco na luta contra a violência doméstica no Brasil. Este período é conhecido como um mês de combate à violência contra a mulher, um momento em que a sociedade se volta para a conscientização e a importância de reportar casos de agressão. Em Marília, os números revelam um crescimento alarmante nos pedidos de medidas protetivas, evidenciando a dificuldade em combater a subnotificação dos casos de violência.

Estatísticas alarmantes em Marília e Bauru

Nos últimos cinco anos, Marília registrou um aumento superior a 75% nas agressões contra mulheres, segundo dados do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Apenas no primeiro trimestre de 2025, foram emitidas 187 medidas protetivas, o que representa uma média de duas por dia. Porém, os dados mais recentes mostram que nos primeiros seis meses do ano, esse número saltou para 763, quase 10% a mais em comparação ao mesmo período de 2024.

Enquanto isso, em Bauru, o cenário é ainda mais preocupante. O aumento no número de medidas protetivas foi de mais de 81%, com 1.141 medidas concedidas entre janeiro e junho de 2025. Isso demonstra uma crescente percepção da necessidade de ação contra a violência, mas também destaca a magnitude do problema que muitas mulheres enfrentam diariamente.

A importância da denúncia

A realidade vivida por muitas mulheres em situações de violência é muitas vezes invisível, como é o caso de Maria (nome fictício), que viveu um relacionamento abusivo por mais de cinco anos. Em entrevista, ela compartilha como a violência psicológica e emocional era constante em sua vida, fazendo com que acreditasse que merecia o tratamento que recebia. “Eu estava presa emocionalmente, não conseguia sair, mesmo sofrendo,” relata.

A violência doméstica não se limita apenas à agressão física; ela inclui humilhações, controle e ameaças, perpetuadas por um machismo estrutural que ainda permeia a sociedade. Os dados revelam que, atrás de cada número, existe uma história de dor e luta pela liberdade. A experiência de Maria é um exemplo claro de como a conscientização e o apoio familiar podem ser decisivos para quebrar esse ciclo de violência. “Foi o apoio da minha família que me ajudou a sair desta prisão invisível,” ela conta.

Apoio disponível para as vítimas

A Lei Maria da Penha não só regulamenta a proteção às mulheres, mas também garante que elas tenham acesso a serviços de suporte em toda a sua jornada de recuperação. Em Marília, o Centro de Apoio, localizado na Rua Quatro de Abril, 763, oferece acolhimento e encaminhamentos para atendimentos psicológico, médico e jurídico para vítimas de violência doméstica.

As mulheres também têm à disposição canais de denúncia como o número 180, que permite que elas reportem situações de violência de forma anônima e segura. Além disso, um gesto simples, o “sinal da mão”, se tornou uma forma discreta de buscar ajuda. Este gesto pede socorro sem expor a vítima a um risco maior, reforçando a necessidade de todos estarem atentos às violências que ocorrem ao nosso redor.

Cuidado e alerta para as vítimas

Maria deixa um importante alerta para outras mulheres: “Fiquem atentas aos detalhes, um empurrão ou um tapa, tudo é agressão e só piora com o tempo.” Conscientizar-se é crucial para quebrar o ciclo da violência e buscar a liberdade. Enquanto celebra-se o aniversário da Lei Maria da Penha, é essencial lembrar que o combate à violência doméstica é uma responsabilidade coletiva, onde cada um pode fazer a diferença.

A violência pode ser uma cadeia que atinge muitos lares, mas com ações de denúncia e apoio, é possível transformar realidades e garantir que cada mulher tenha a oportunidade de viver sem medo.

Para mais informações sobre como buscar ajuda ou denunciar casos de violência, acesse os canais oficiais e lembre-se: você não está sozinha nessa luta.

PUBLICIDADE

Sem título

Milionário fazendeiro dos EUA foi morto por búfalo na África do Sul durante safári, em uma das caçadas mais perigosas do continente.

Leia mais »

Institucional

Anunciantes