Uma série de acusações está envolvendo a advogada Joana Prado de Oliveira, que é investigada pela Polícia Federal por suspeita de ter aplicado golpes em treinadores e jogadores de futebol, incluindo o renomado Oswaldo de Oliveira e o zagueiro Christian Chagas Tarouco, conhecido como Titi. Segundo registros, a advogada teria realizado saques indevidos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de diversas vítimas, totalizando valores expressivos.
Oswaldo de Oliveira: um caso emblemático
Oswaldo de Oliveira, um treinador com vasta experiência em clubes como Flamengo, Fluminense, e Botafogo, afirma que foi vítima de um golpe que lhe causou uma perda de mais de R$ 3 milhões. O treinador, que não está empregado há seis anos, revelou que havia contratado Joana Prado por indicação de um amigo, acreditando que ela poderia ajudá-lo a recuperar valores pendentes relativos a direitos trabalhistas.
Em entrevista, Oswaldo expressou sua frustração: “Minha sobrevivência depende do que eu plantei, do que eu trabalhei em 50 anos de carreira.” Ele detalhou que, após ganhar ações trabalhistas relacionadas ao Corinthians e ao Fluminense, a advogada reteve os valores, totalizando quase R$ 2,3 milhões. Apesar de um acordo assinado em novembro de 2024, Joana não cumpriu com a devolução prometida.
Saques do FGTS e novas acusações
Oswaldo, ao tentar acessar seus valores do FGTS, descobriu que Joana havia sacado diversas quantias de suas contas. De acordo com seus relatos, a advogada teria realizado dez saques de um total próximo de R$ 589 mil, utilizando documentos pessoais do treinador. O técnico expressou angustia ao perceber que alguém em quem confiava poderia lhe fazer isso: “Isso é muito decepcionante”.
Outros jogadores também estão relatar vítimas de Joana Prado, incluindo Titi, que teve cerca de R$ 440 mil retirados de seu FGTS de forma semelhante. Ele descobriu a movimentação irregular apenas quando precisava do valor para a compra de um apartamento. Imagens do circuito interno de uma agência mostram Joana, o que corroborou sua acusação de fraude.
O impacto nas carreiras dos envolvidos
Além dos jogadores citados, outros atletas como Paolo Guerrero e Ramires também estão entre as vítimas. O impacto dessas ações está causando danos não apenas financeiros, mas também emocionais para os lesados, todos agora sob o peso de uma traição que ninguém esperava. Joana Prado alegou, através de sua assessoria, que ela também é vítima de um golpe, e afirmou que está tomando as medidas necessárias para reparar quaisquer falhas em sua gestão profissional.
Enquanto isso, a Polícia Federal investiga a fundo as alegações de estelionato, apropriação indébita e falsificação de documentos. O caso levanta questões sobre a confiança dentro do esporte, especialmente quando se trata das relações financeiras e profissionais. Autoridades e a comunidade futebolística acompanham de perto a investigação, que promete revelar detalhes surpreendentes sobre a operação que tem abalado a confiança de muitos na advocacia esportiva.
O que acontece a seguir?
O caso de Joana Prado é um lembrete da fragilidade das relações de confiança no ambiente do esporte. As vítimas, agora mobilizadas, buscam justiça e reparação pelos danos financeiros e emocionais sofridos. A conclusão das investigações da Polícia Federal poderá abrir precedentes sobre a responsabilização de profissionais da área, além de instigar uma reflexão sobre a necessidade de maior segurança nas transações relacionadas a direitos financeiros de atletas.
Enquanto isso, tanto Oswaldo quanto os outros jogadores continuam lutando para recuperar o que lhes é de direito, evidenciando a urgência em que questões de ética e confiança precisem ser cuidadosamente discutidas e regulamentadas no mundo do futebol.
O desfecho deste caso permanece incerto, mas a comunidade futebolística observa avidamente o desenrolar dessa investigação, que pode mudar a forma como os atletas escolhem seus representantes legais no futuro.
