Brasil, 7 de agosto de 2025
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Organização cristã de direitos humanos desafia acusações de extremismo na Europa

Uma importante organização cristã pelos direitos humanos rejeitou as acusações de extremismo feitas por um relatório controverso do Fórum Parlamentar Europeu para Direitos Sexuais e Reprodutivos, divulgado em junho passado. A denúncia relacionava grupos pró-vida cristãos a uma suposta “extrema-direita religiosa”.

Acusações de financiamento e hipócrisia discutidas

Felix Böllmann, diretor de advocacy da Alliance Defending Freedom (ADF) Internacional na Europa, qualificou o relatório como “uma tentativa disfarçada de silenciar opositores ideológicos sob o pretexto de pesquisa acadêmica”, em entrevista à revista católica Die Tagespost. Ele também destacou que, apesar de se apresentar como neutro, o fórum funciona como uma “rede ativista bem financiada”.

Böllmann revelou que a organização recebeu cerca de 3 milhões de euros por ano de doadores como a Fundação Gates, a Open Society de George Soros, a empresa farmacêutica Merck Sharp & Dohme, o UNFPA e a Federação Internacional de Planejamento Familiar (IFPF).

“É bastante hipócrita uma entidade que acusa outros de ‘dinheiro obscuro’ depender de financiamento tão pouco transparente e ideologicamente motivado”, afirmou Böllmann.

Estratégia de “5D” e rotulação de organizações

O relatório chamou a atenção ao classificar grupos religiosos, como o Ordo Iuris, na Polônia, e a Civitas Christiana, na Holanda, como extremistas. Também incluiu a ajuda a cristãos perseguidos na Hungria, identificando-a como uma “ameaça aos direitos sexuais”.

Böllmann interpretou essa tática como uma “estratégia de 5D”: desvestir, desarmar, deslocar, desmonetizar e defender — um plano de diminuir a legitimidade, as finanças e a presença pública de vozes conservadoras e cristãs, usando um conceito distorcido de direitos humanos.

Ele questiona a aplicação do termo “extremismo religioso”, que, ao contrário das definições anti-terrorismo da UE, não se baseia em violência, mas sim na luta por conceitos tradicionais de “direito à saúde sexual e reprodutiva”.

Influência na política europeia

Apesar de ser considerada uma ONG, a aliança atua fortemente na política da União Europeia, influenciando relatórios, audiências e resoluções do Parlamento, além de organizar redes de parlamentares e fornecer orientações especializadas aos legisladores, criando uma infraestrutura de lobby na UE.

Segundo Böllmann, a origem da organização remonta a 2000, como desdobramento da Federação Internacional de Planejamento Familiar, fundada por Margaret Sanger, defensora da eugenia e fundadora do Planned Parenthood. O orçamento de 2023 totalizou US$ 2,38 milhões, com 45% de financiamento público, 31% de fundações e 20% de empresas farmacêuticas.

Resposta da sociedade e impacto

Ao reagir às acusações, Böllmann afirmou que a ação do grupo demonstra que seu trabalho está tendo impacto na defesa das liberdades fundamentais na Europa e além. Ele reforçou a ideia de que tentativas de silenciar a voz cristã reforçam sua relevância em debates sociais e políticos.

A controvérsia evidencia o conflito de visões entre organizações religiosas tradicionais e segmentos progressistas no continente, especialmente em temas sensíveis como sexualidade, direitos reprodutivos e liberdade de expressão.

Para maiores detalhes, acesse a fonte original.

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