Brasil, 13 de agosto de 2025
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EUA implementam taxa de até US$ 15 mil para visitantes temporários

Governo dos Estados Unidos lança programa-piloto que exige pagamento de taxa para turistas e investidores estrangeiros

O governo americano anunciou nesta semana um programa-piloto que irá cobrar uma taxa de até US$ 15 mil (cerca de R$ 82 mil) de visitantes temporários a turismo ou negócios. A medida, válida por 12 meses, visa combater a imigração irregular, especialmente de estrangeiros de países com histórico de permanência ilegal, e atrair investidores estrangeiros.

Nova taxa para visitantes temporários nos EUA

Segundo o Departamento de Estado, a política afetará cidadãos de países considerados de risco na verificação de documentos ou que oferecem cidadania por investimento sem necessidade de residência física. A cobrança será aplicada em aeroportos específicos, e o valor só será reembolsado se o viajante deixar o país dentro do prazo estipulado.

Embora a prática estivesse prevista em manual consular, esta é a primeira experiência prática do governo americano com a cobrança. O programa passará por testes ao longo de um ano, até julho de 2026, e busca restringir o ingresso de imigrantes ilegais, além de ampliar receita proveniente de turistas e investidores.

Imposto aos investidores e vistos de alta renda

Paralelamente às novas restrições, o ex-presidente Donald Trump anunciou planos de reformular o visto EB-5, tradicionalmente destinado a investidores estrangeiros. O novo “visto gold” terá um custo elevado, exclusivo para indivíduos com alto poder econômico, e será voltado para investimentos milionários em suas próprias residências ou negócios nos EUA.

Enquanto os Estados Unidos criam barreiras para turistas de países em desenvolvimento, outros países intensificam a competição por estrangeiros ricos. Programas de “visto de ouro” em diversos países, com exigências que variam de alguns milhares a centenas de milhões de reais, continuam atraindo investidores de alta renda.

Vistos caros no mundo

Alguns dos programas de residência mais seletivos e caros do planeta incluem:

  • Luxemburgo: investimento de 3 milhões de euros (R$ 19,11 milhões) em negócio ou 20 milhões de euros (R$ 127,40 milhões) em depósitos bancários por 5 anos;
  • Canadá: investimento de 1 milhão de dólares canadenses (R$ 4 milhões) por 5 anos, ou contribuição de 200 mil dólares em fundos estatais;
  • Austrália: valor mínimo de imóveis de 250 mil euros (R$ 1,59 milhão), além de investimentos em setores estratégicos;
  • Hong Kong: patrimônio de pelo menos 30 milhões de dólares de Hong Kong (R$ 21 milhões) em ativos financeiros ou imóveis;
  • Singapura: investimento de 10 milhões de dólares singapurianos (R$ 42,8 milhões) em negócios, fundos ou gestão de ativos.

Segundo o estudo realizado pelo G1, o custo varia bastante de país para país, refletindo o nível de exigência e benefícios oferecidos.

Reforço na competição por investidores de alto patrimônio

Com políticas mais restritivas para turistas de países em desenvolvimento, os EUA e outros países investem na captação de estrangeiros ricos, promovendo vistos de alta renda, muitas vezes chamados de “vistos de ouro”. Esses programas oferecem residência ou cidadania mediante elevados investimentos em imóveis, fundos ou negócios estratégicos, com requisitos que podem ultrapassar dezenas de milhões de reais.

A estratégia visa atrair recursos financeiros significativos e promover o desenvolvimento econômico, em uma competição global por investidores com patrimônio elevado. Países europeus, Ásia e Oriente Médio adotaram programas diversificados, que variam desde investimentos em imóveis até fundos de inovação ou cultura.

Perspectivas futuras

Especialistas apontam que a ampliação dessas medidas deve impactar o fluxo de turistas e investidores nos próximos anos. As crescentes dificuldades de entrada e os custos elevados podem diminuir o número de visitantes em curto prazo, mas também podem fortalecer a competitividade de países que oferecem alternativas mais acessíveis, como Portugal, Nova Zelândia e Grécia.

Enquanto os Estados Unidos reforçam restrições, o cenário internacional revela uma tendência de valorização de programas de vistos de alta renda, que continuam sendo uma porta de entrada para a imigração legal com custos e requisitos diferenciados.

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