Brasil, 11 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Cardeal Cupich destaca a luta pela paz em Hiroshima

Na homilia da Missa em Hiroshima, cardeal reflete sobre a necessidade de paz e recorda os 80 anos da bomba atômica.

Na manhã desta quarta-feira, o cardeal arcebispo de Chicago, Blase Cupich, celebrou uma Missa em Hiroshima, marcando o octogésimo aniversário do bombardeio atômico que devastou a cidade e seus habitantes. Nesta data emblemática, quando a Igreja Católica celebra a Transfiguração do Senhor, Cupich trouxe à tona a dualidade da luz: a luz que representa a glória divina no Monte Tabor e a luz de destruição que caiu sobre Hiroshima, criando um chamado urgente para a construção de um futuro pacífico.

A importância da memória na construção da paz

Em sua homilia, Cupich ressaltou a gravidade do evento que mudou o curso da história e destacou que, O cardeal enfatizou a necessidade de lembrar esse episódio trágico para que as futuras gerações nunca esqueçam das lições de amor e reconciliação que podem ser extraídas dessa dor. Para ele, a memória serve como um pilar fundamental para proteger a humanidade contra a repetição de tais horrores. A lembrança dos hibakusha, os sobreviventes, é essencial, pois suas experiências e testemunhos clamam por um grito coletivo: “nunca mais”.

Contraste entre as luzes

Durante seu discurso, o cardeal Cupich fez um poderoso contraste entre “a luz que brilhou no Monte Tabor”, que simboliza a revelação de Jesus como o Filho de Deus, e “a luz ofuscante e devastadora” que desceu sobre Hiroshima. Ele abordou a responsabilidade que a humanidade carrega ao ignorar os apelos à paz e ao amor fraterno, advertindo que essa ignorância abre caminho para o ódio e a destruição. “Quando fazemos ouvidos moucos à voz de Deus, acabamos permitindo que o caos prevaleça”, enfatizou.

A voz dos sobreviventes e a construção de um futuro

Além disso, Cupich recordou as palavras do Papa Francisco em 2019, que reafirmavam três imperativos morais essenciais para salvaguardar o futuro: recordar, caminhar juntos e proteger. “Nós, como sociedade, temos a responsabilidade de evitar que o sofrimento de Hiroshima caia no esquecimento. Precisamos transmitir essa memória como um patrimônio comum, incutindo nas novas gerações o compromisso com a paz”, disse ele. O cardeal enfatizou que lembrar não é apenas relembrar fatos históricos, mas também engajar-se em um legado de paz que possa energizar a sociedade contra futuras guerras.

Um chamado à ação

Em sua reflexão, Cupich fez um apelo firme para que a comunidade internacional aprenda a dialogar e a respeitar as vozes divergentes, abandonando rivalidades e nacionalismos em favor de um espírito coletivo de paz. “A nossa experiência sinodal no seio da Igreja nos ensina que precisamos ouvir uns aos outros”, disse o cardeal. Ele destacou a importância da Igreja em promover o bem comum e a necessidade de se construir mesas de diálogo, onde todos possam ser ouvidos e respeitados.

Rumo à proteção e à paz global

Ao final, o cardeal Cupich insistiu na necessidade de “proteger” a paz, afirmando que, em um mundo onde conflitos persistem, não existe segurança sem a paz. Ele finalizou sua mensagem com um forte convite: “Hoje, aqui em Hiroshima, somos chamados a usar a engenhosidade humana para nos proteger e a construir caminhos de paz. Devemos permanecer firmes e não deixar que a lição de um passado sombrio se perca”.

Assim, a homenagem do cardeal não foi apenas um momento de recordação, mas um firme compromisso coletivo de que, em um mundo ferido por antigas e novas guerras, a busca pela paz deve ser incessante e cada um deve ser um agente transformador em sua comunidade.

Para mais informações sobre a peregrinação da Igreja Católica em homenagem às vítimas da bomba atômica, acesse a fonte.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes