Brasil, 8 de agosto de 2025
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Acusado de feminicídio em Piracicaba vai a júri popular

Nesta terça-feira (5), inicia o júri popular de Marcelo Maciel, acusado de matar Laise Vieira de Andrade em Piracicaba (SP) em 2022.

Os olhos da justiça estarão voltados para Piracicaba (SP), onde, nesta terça-feira (5), Marcelo Maciel, de 38 anos, enfrentará o júri popular como principal acusado da morte de Laise Vieira de Andrade, de 33 anos. O crime, que chocou a cidade, ocorreu em novembro de 2022, quando Laise foi encontrada morta em um quarto de hotel, levantando questões sobre feminicídio e a violência contra a mulher no Brasil.

O crime em detalhes

Laise e Marcelo estavam hospedados em um hotel na cidade desde o dia 17 de novembro. Testemunhas relatam que o casal prolongava a estadia sob a justificativa de que a casa deles estava em obras. No dia 29 de novembro, Laise foi encontrada sem vida, com sinais claros de asfixia e indícios de violência no quarto, que estava em desordem e sem comunicação, já que os fios do interfone estavam cortados.

Após deixar o hotel, Marcelo foi flagrado por câmeras de segurança correndo nas imediações e, posteriormente, dirigiu-se ao escritório de seu advogado, onde se declarou culpado do crime. O advogado, por sua vez, informou à delegada responsável pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Piracicaba, resultando na prisão de Marcelo três dias após a confissão.

Motivação do crime

As investigações indicam que o crime poderia ter sido motivado por ciúmes. O Ministério Público de São Paulo acusou Marcelo de feminicídio, alegando que ele não aceitava que Laise mantivesse contato com outros homens. Além do feminicídio, ele também foi denunciado por tortura, com base nas circunstâncias brutais do assassinato.

Conflito na defesa

Na contrapartida, a defesa de Marcelo, conduzida pelo advogado José Silvestre da Silva, argumenta que o réu está arrependido e que a relação entre eles não foi marcada por ciúmes, mas sim por extorsões que Laise supostamente praticava. Em um dos pedidos apresentados pela defesa, foi solicitado que um laudo psiquiátrico avaliase se as ameaças teriam influenciado a atitude de Marcelo. Contudo, essa solicitação foi negada pela Justiça.

Os advogados da acusação, que representam a família da vítima, permaneceram firmes em suas alegações de que a morte de Laise foi planejada e brutal, ressaltando que ela já havia solicitado medidas protetivas antes do crime, devido à violência que sofria nas mãos de Marcelo. Essas medidas, no entanto, foram revogadas pela Justiça, posteriormente, após a polícia relatar que o casal estava em contato.

Repercussão e a luta contra a violência de gênero

O caso de Laise Vieira de Andrade é mais um a evidenciar a necessidade urgente de políticas mais eficazes no combate à violência contra a mulher no Brasil. O feminicídio, um crime que representa a face mais extrema da violência de gênero, continua sendo um problema alarmante, com números crescentes em todo o país.

A sociedade espera que o julgamento do réu não apenas busque justiça para Laise, mas também promova reflexão sobre as estruturas de apoio à mulher e o suporte necessário para evitar que tragédias como essa voltem a se repetir. Em uma era em que os direitos das mulheres estão em pauta, casos como o de Laise ressaltam a necessidade de um sistema judicial rigoroso e de mecanismos de proteção que efetivamente salvaguardem a vida e a integridade das mulheres.

À medida que o julgamento se desenrola, as atenções direcionam-se não apenas à condenação de Marcelo Maciel, mas também à busca por um futuro onde todas as mulheres possam viver com dignidade e segurança.

Continuaremos acompanhando essa história e os desdobramentos do caso Laise Vieira de Andrade, que ecoam a importância vital de lutar contra a violência de gênero em todas suas formas.

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