Brasil, 10 de agosto de 2025
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Tragédia aérea em Vinhedo: histórias dos passageiros do voo 2283

Um ano após o desastre, conheça as histórias de vida das 62 vítimas do trágico acidente em Vinhedo, São Paulo.

No dia 9 de agosto de 2024, o Brasil presenciou uma das maiores tragédias da aviação nacional com a queda do voo 2283 da Voepass, que resultou na morte de 62 pessoas. O avião, que decolou de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP), interrompeu nossas vidas de forma abrupta e cruel. Um ano após esse desastre, o g1 apresenta um especial que reconstrói as histórias pessoais e as memórias dos passageiros, mostrando que por trás de cada assento havia vidas cheias de sonhos e propósitos.

Recordando as 62 vítimas

Os meses que se seguiram ao acidente foram marcados pelo luto, dor e a necessidade de lembrança. Cada uma das vítimas representava não apenas um número na estatística, mas uma história singular, que impactou diversas pessoas ao redor. Trabalhadores em viagem de negócios, estudantes em busca de conhecimento, aposentados realizando promessas e casais em férias, todos tiveram suas rotinas interrompidas repentinamente. Essa reportagem visa lembrar desses indivíduos, resgatando suas histórias e o legado deixado para suas famílias e amigos.

Denilda Acordi: uma mulher de fé

Denilda Acordi, que ocupava o assento 16C, dedicou sua vida ao próximo. Sempre discreta e sem buscar reconhecimento, essa mulher de fé atravessou momentos de dor com solidariedade. No dia da tragédia, ela seguia rumo a Brasília (DF) para cuidar de sua mãe de 94 anos. Revelações de seu caráter emergem nas lembranças de sua família, que afirma que ela nunca hesitaria em ajudar, independente da hora ou do clima. “Ela estava lá para ajudar, independentemente do horário”, relembra seu filho, Rafael.

Deonir Secco: o sol da família

No assento 2D, Deonir Secco, professor universitário, embarcou sozinho em busca de um sonho: visitar Auschwitz, na Polônia. Aviador de coração, ele sempre estava presente na vida de seus filhos, mesmo à distância. O último momento compartilhado com sua esposa, Araceli, antes de sua partida, foi marcado por um toque de realidade que se tornaria um consolo no luto. “Quando a hora chegar, pode saber que eu estou pronto”, refletiu o professor, que deixou um legado de amor e ensinamentos.

A queda do voo 2283

O voo 2283 levava a bordo 58 passageiros e quatro tripulantes. Decolou às 11h58, mas o que deveria ser uma viagem tranquila se tornou um pesadelo. Às 13h22, o avião começou uma queda abrupta, atingindo uma residência na cidade de Vinhedo, mas felizmente, não causou feridos em solo. O relatório do Cenipa aponta que uma falha no sistema antigelo foi relatada pela tripulação, mas o impacto dessa falha não pôde ser confirmado. Após o acidente, surgiram relatos de condições precárias e longas jornadas de trabalho por parte dos pilotos, o que levantou questionamentos sobre a segurança operacional da Voepass.

A resposta da Voepass e o apoio às famílias

Um ano após a tragédia, a Voepass se pronunciou sobre o fato, referindo-se ao acidente como “o episódio mais difícil” da companhia. A empresa expressou sua solidariedade às famílias das vítimas e reiterou seu compromisso com a segurança, mantendo um suporte psicológico ativo e colaborando com investigações. Para muitos familiares, as palavras da companhia não podem apagar a dor da perda e a tristeza que se instalou em suas vidas desde aquele fatídico dia.

Reflexões sobre a perda e a memória

Constantino Thé Maia, outro passageiro que ocupava o assento 10A, deixou um legado de amor e memórias vivas. Conhecido por sua calma e serenidade, ele era a figura central da família, uma presença que agora é sentida em cada refeição e comemoração. Nas celebrações de aniversário, seu legado é mantido vivo através de homenagens, refletindo a conexão entre aqueles que partiram e os que ficaram.

O voo 2283 deixou cicatrizes profundas, mas também a lembrança de vidas vividas intensamente. O trabalho da imprensa e de iniciativas como o documentário “81 segundos” é crucial para manter viva a memória das vítimas e para reconhecer o impacto de tragédias assim em toda a sociedade brasileira.

A história do voo 2283 serve como um lembrete da fragilidade da vida e da importância de honrar a memória daqueles que perderam suas vidas em busca de seus sonhos. Este especial do g1 é um tributo a eles e uma forma de garantir que nunca serão esquecidos.

As histórias dos 62 passageiros têm um lugar na história e no coração de suas famílias. Ao relembrar essas vidas, somos chamados a uma reflexão sobre o valor inerente de cada ser humano. Que as lembranças de Denilda, Deonir, Constantino e de todos os outros continuem a iluminar o caminho daqueles que permanecem.

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