A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira (5) que acredita na exclusão de itens como carne e café do aumento de tarifas anunciado pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros. Segundo ela, a previsão é que o governo norte-americano reveja as medidas diante do impacto inflacionário e das pesquisas de opinião pública.
Previsões sobre a possível reversão do tarifão
De acordo com Tebet, o governo brasileiro tem conversado com empresários e analistas do mercado, que apontam que itens caros para o paladar dos consumidores norte-americanos, como carne e café, devem ser reexcluídos das tarifas. “A gente tem conversado com alguns empresários e, por uma questão lógica da lei da oferta e da procura, uma coisa que é cara para o paladar deles é carne e café. O resto eles se reposicionam”, explicou.
A ministra destacou que o governo aposta na influência de pesquisas de opinião e na alta da inflação desses produtos para convencer Washington a reconsiderar a medida. “Acreditamos que, na hora em que olharem os números inflacionados desses produtos, pesquisa de opinião pública, eles vão reposicionar esses produtos de novo. Pode não acontecer dia 6, mas vai acontecer. Não tem lógica nenhuma. Até eleitoral”, avaliou Tebet.
Reação do Palácio do Planalto e do Congresso
O tarifão anunciado pelo governo norte-americano, sob gestão de Donald Trump, atingiu uma série de produtos brasileiros e gerou forte reação do Palácio do Planalto, além de parlamentares da base aliada. A medida provocou alertas acerca do impacto econômico e comercial para o Brasil.
Perspectivas de negociações e impacto econômico
Especialistas no tema apontam que, embora o aumento de tarifas possa ser revertido, o cenário ainda é incerto. A expectativa do governo brasileiro é que o diálogo continue nos próximos dias, com possíveis ajustes antes da implementação definitiva.
A ação dos Estados Unidos, que busca proteger setores internos, coloca em debate a relação comercial entre os dois países, além de afetar as expectativas de exportação brasileira, especialmente de commodities como carne e café.
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