A Polícia Metropolitana de Londres declarou nesta semana que fará prisões em massa durante o protesto de sábado, apoiando o grupo Palestina Action, considerado terrorista pelo governo britânico. A medida foi anunciada após o Ministério do Interior proibir oficialmente a organização, gerando controvérsia entre defensores dos direitos humanos e organizações internacionais.
Comunicado da polícia e contexto da proibição
De acordo com a declaração oficial, as autoridades sabem que os organizadores do protesto incentivam centenas de pessoas a participarem, o que pode sobrecarregar a polícia e o sistema judicial. “Qualquer pessoa apoiando o grupo Palestine Action pode esperar ser presa”, afirmou a Polícia Metropolitana, reforçando a aplicação rigorosa da lei desde a sua proibição.
O grupo Palestina Action foi fundado em julho de 2020 por Huda Ammori, com o objetivo de atacar instalações de fornecedores militares israelenses, como a Elbit Systems. Segundo Ammori, “nosso propósito principal é a interrupção, não apenas aumentar a conscientização ou pressionar políticos”.
Atividades e controvérsia do Palestina Action
Na Inglaterra, ativistas da Palestina Action realizaram invasões a instalações da Elbit, incluindo um ataque em Bristol e na região de Kent, causando a destruição de aproximadamente £1 milhão de bens (cerca de US$ 1,33 milhão). Essas ações reforçam a postura do grupo na luta contra a ocupação israelense, mas também motivaram a sua classificação como organização terrorista pelo governo britânico.
Reação internacional e contestação
A decisão do governo foi duramente criticada por grupos como a Anistia Internacional e a Voice for Labour, que alegam que a medida representa uma escalada no combate a manifestações legítimas por direitos humanos. Mesmo assim, o governo reforça que a organização promove atividades ilegais e prejudiciais à segurança nacional.
Próximos passos e impacto das ações policiais
Analistas acreditam que a intensificação na repressão pode desencorajar manifestações públicas de apoio à Palestina, embora também possa gerar maior atenção sobre o conflito israelo-palestino na opinião pública internacional. A polícia promete manter uma postura firme, buscando impedir ações que atentem contra a ordem pública.