Brasil, 5 de agosto de 2025
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Pedidos de visita ao ex-presidente Bolsonaro são protocolados no STF

Renato Corrêa e o deputado Marcelo Moraes solicitaram ao STF para visitar Jair Bolsonaro, que está sob prisão domiciliar.

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, nesta terça-feira, os primeiros pedidos de visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, após determinação do ministro Alexandre de Moraes. Os requerentes são o empreiteiro Renato de Araújo Corrêa, que teve uma relação próxima com Bolsonaro, e o deputado federal Marcelo Moraes (PL-RS).

A relação entre Bolsonaro e os solicitantes

Renato Corrêa se destacou na construção e reforma da casa de férias de Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ), onde o ex-presidente possui um imóvel. Em dezembro do ano passado, a Polícia Federal revelou que um contrato no valor de R$ 900 mil, oriundo de uma operação de busca e apreensão, foi encontrado durante as investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. O preço exorbitante da reforma chamou a atenção, especialmente considerando que, na declaração de bens apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante sua campanha de reeleição em 2022, a residência estava avaliada em R$ 98.500.

Os motivos dos pedidos de visita

No pedido feito ao STF, Renato Corrêa destacou sua amizade pessoal com Bolsonaro e ressaltou que nunca exerceu cargo público nem é investigado em relação aos fatos que levaram ao decreto de prisão domiciliar do ex-presidente. De acordo com ele, trata-se de uma visita de caráter amistoso e que não possui vínculos com o processo judicial do ex-presidente.

Por sua vez, o deputado Marcelo Moraes explicou que sua solicitação “tem caráter estritamente institucional e humanitário”, citando a importância do papel de Bolsonaro enquanto ex-chefe de Estado e as circunstâncias que envolvem seu atual estado.

A determinação do STF para a prisão domiciliar

O ministro Alexandre de Moraes impôs a prisão domiciliar de Bolsonaro devido a “reiterado descumprimento de medidas cautelares”. Moraes alegou que o ex-presidente desrespeitou as determinações da Corte, participando remotamente e por telefone de uma manifestação contrária ao STF e a favor de uma anistia, realizada em Copacabana, no Rio de Janeiro. Uma das restrições impostas inclui a proibição de uso de redes sociais, tanto pelo ex-presidente quanto por meio de terceiros.

A situação se agravou quando Moraes afirmou que o filho de Bolsonaro, o senador Flávio Nantes Bolsonaro, tentou ocultar a transgressão ao remover uma postagem de seu perfil nas redes sociais, evidenciando um desrespeito às regras estabelecidas.

Outros pedidos de visita

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), também protocola um pedido para visitar Bolsonaro, mas sua solicitação foi feita na ação penal incorreta. Ao invés de encaminhar seu pedido ao processo relativo a Bolsonaro, ele fez isso no caso de outra pessoa envolvida com o STF, o que gerou confusão.

O desenrolar deste caso continua a ser um tema sensível no cenário político brasileiro, refletindo as tensões existentes entre a Suprema Corte e figuras políticas do Brasil, além de levantar questões sobre a liberdade de expressão e os limites da atuação política durante uma investigação judicial. A situação de Jair Bolsonaro, enquanto ex-presidente e agora sob prisão domiciliar, traz à tona a polarização política existente, provocando reações diversas entre os apoiadores e opositores do ex-mandatário.

Ao se aguardar os próximos passos, tanto os pedidos de visita quanto a análise da situação legal de Bolsonaro continuarão a atrair a atenção da mídia e da sociedade brasileira, que acompanha ansiosamente os desdobramentos desse imbróglio político. O futuro do ex-presidente e as implicações para sua carreira política estão longe de serem resolvidos, e as visitas solicitadas podem fornecer indícios sobre seu apoio e as alianças que ele ainda mantém no cenário político.

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