A deputada republicana Marjorie Taylor Greene pediu ao presidente Donald Trump que conceda o perdão ao ex-colega George Santos, que cumpria pena federal por fraude eletrônica e usurpação de identidade. Santos foi condenado a 87 meses de prisão em abril, após admitir os crimes, e está preso desde 25 de julho.
Greene considera pena de Santos desproporcional
Em uma carta direcionada ao Escritório do Procurador de Perdões, Greene afirmou que a pena de sete anos de Santos “vai além do necessário” e criticou colegas de Congresso por supostos “crimes ainda piores”. Ela não especificou quais seriam esses delitos ou quem seriam os envolvidos.
“Acredito na justiça e no Estado de Direito, mas uma sentença de sete anos por questões relacionadas à campanha, para alguém sem antecedentes criminais, é desmesurada”, escreveu Greene, que compartilhou a mensagem na plataforma X na noite de segunda-feira.
Defesa de Santos e comparações com outros membros do Congresso
Greene ressaltou que Santos “se dedicou aos seus eleitores e fez o que foi preciso para representá-los em Washington”, além de afirmar que ele “está sinceramente arrependido e assumiu plena responsabilidade”.
Ela também afirmou que muitos colegas seus “cometeram crimes piores, sem sofrerem qualquer punição”, o que, na visão da deputada, demonstra um “excesso de punição” por parte do sistema judicial.
Impacto político e perspectivas futuras
Integrante do movimento MAGA, Greene sugeriu que a concessão de indulto a Santos poderia servir como reconhecimento da gravidade de seus atos, mas também como uma oportunidade de recuperação e reintegração social.
Não há confirmação oficial de que Donald Trump considerará o pedido, mas a defesa de Santos ganha apoio entre setores da política que criticam as condenações por crimes considerados menores ou relacionados à esfera eleitoral.
A postura de Greene revela a divisão dentro do Partido Republicano e a crescente polarização acerca dos critérios de justiça e punição para figuras públicas acusadas de corrupção ou fraudes.
O ex-parlamentar Santos, expulso em 2023 após denúncias de falsificação de currículo e finanças ilícitas, mantém sua postura de que foi vítima de perseguição e promessas de futuras ações para reabilitar sua imagem.