O presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, se reuniram nesta terça-feira com os ministros Fernando Haddad, Rui Costa e Luiz Marinho para definir os detalhes finais das medidas que o governo federal deve anunciar em breve. A prioridade é auxiliar setores afetados pelo tarifaço de 50% nas exportações brasileiras para os Estados Unidos, que entra em vigor nesta quarta-feira.
Medidas específicas para setores vulneráveis
Segundo interlocutores do governo, o foco será em ações pontuais voltadas para segmentos mais impactados pelo aumento tarifário, como máquinas, café, proteína animal e frutas, com exceção da laranja. A prioridade é a manutenção de empregos nos setores mais vulneráveis. “Vamos atuar com instrumentos disponíveis para proteger as famílias prejudicadas por essa agressão injusta”, afirmou Lula durante reunião com o Conselho do Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (Conselhão).
Compromisso com o emprego e a agricultura brasileira
Na reunião com empresários do Conselhão, Haddad ressaltou que um impacto de 1,5% nas exportações não levará o governo a diminui-la seu esforço de proteção. “Setores que geram muitos empregos, como a fruticultura, terão atenção especial”, declarou o ministro da Fazenda. Lula também destacou que a relação de 200 anos com os Estados Unidos deve ser preservada e que os instrumentos para socorrer essas áreas já estão à disposição.
Críticas às justificativas dos EUA
Durante discurso, Lula afirmou que o governo americano poderia realizar negociações diretas, “ao invés de usar uma carta eleitoral como pretexto”. “Se o presidente dos EUA tivesse ligado para mim ou para Alckmin, poderíamos negociar”, declarou Lula. O presidente também criticou o pretexto eleitoral usado para justificar a tarifa, reforçando a importância de uma relação de diálogo mais transparente.
Futuro e impactos das medidas
A expectativa é que o governo anuncie oficialmente as ações nos próximos dias, reforçando o compromisso de proteger os setores mais afetados e evitar prejuízos econômicos. A medida visa não apenas sustentar empregos, mas também preservar a relação diplomática com os Estados Unidos em meio a tensões comerciais.
Mais informações sobre o tema podem ser acompanhadas na matéria do O Globo.